Folha de S. Paulo


Saída de Roberto do grupo Procure Saber foi 'movimento natural', diz Paula Lavigne

A empresária Paula Lavigne disse que a saída de Roberto Carlos do Procure Saber foi um "movimento natural de tudo que aconteceu". A afirmação foi feita nesta quarta-feira (6), em entrevista ao jornal "O Globo".

Lavigne ainda afirmou que os representantes de Roberto formaram um "time de intervenção". Insatisfeito com a maneira como a empresária havia conduzido o debate, o músico desautorizou Lavigne, que é presidente do Procure Saber, a falar pelo grupo.

Roberto Carlos rompe com Procure Saber depois de crítica de Caetano
"Não sei se continuo, preciso me reunir até com Deus", diz Erasmo sobre Procure Saber

Roberto se desligou ontem da entidade, composta também por Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Erasmo Carlos e Djavan. O grupo defendia a autorização prévia para a publicação de biografias. A norma é contestada por editores e autores.

Mastrangelo Reino - 1º.out.10/Folhapress
A empresária Paula Lavigne em show de Maria Gadú e Caetano Veloso, no Estúdio Burti, em outubro
A empresária Paula Lavigne em show de Maria Gadú e Caetano Veloso, no Estúdio Burti, em outubro

"Vamos vivendo, um dia após o outro. Sem interventores ou administradores de crises, cuja entrada realmente gerou desconforto no grupo. Não precisamos de lobista em Brasília e muito menos de advogado criminalista. Não cometemos crime algum", afirmou Lavigne.

O advogado de Roberto Carlos é o criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, 56.

Caetano já havia criticado a participação de Roberto Carlos e de Kakay nas ações do grupo, em sua coluna dominical no jornal "O Globo".

"Kakay é advogado de RC, não fala oficialmente pela associação. E RC só apareceu agora, quando da mudança de tom. Apanhamos muito da mídia e das redes, ele vem de Rei", escreveu.

Segundo Lavigne, a participação de Kakay foi uma imposição.

"Quando foi imposta a entrada de Kakay, o tom mudou demais. O ponto de divergência (não de discórdia) foi apenas a forma de se trabalhar com as questões, inclusive publicamente", disse.

A empresária não respondeu se o grupo irá recuar quanto ao tema das biografias, pauta introduzida por Roberto Carlos.

"Podemos tudo, tudo o que os artistas quiserem e que beneficie a classe", afirmou Lavigne. "Estamos cansados, tivemos uma disputa interna, de empresários e advogados querendo falar por todos, e nem respiramos ainda".


Endereço da página:

Links no texto: