Sem arroz, nem feijão, nem carnaval, nem pandeiro, Eduardo Pombal conseguiu desenvolver uma coleção que cantasse a mulher brasileira em seus contornos, se esquivando de obviedades.
As peças exibidas no desfile da grife, nesta segunda-feira (28), têm modelagem clássica, que lembram a silhueta do New Look de Dior: cinturinha de pilão e saia ampla para rodar nos bailes.
Eduardo parece entender que sua cliente gosta de roupa que marque o corpo e brilhe. O estilista alinhavou um corte tradicional com tecidos tratados de maneira moderna para construir roupas possíveis para clientes reais.
A única ressalva fica por conta das saias e vestidos em comprimento midi, no meio da canela. As peças cortam a silhueta e deixam a pessoa mais baixa.
O trabalho de texturas é bastante rico e joga luz às peças, que, na passarela, pareciam bem acabadas. Destaque para o padrão que lembra as pinturas corporais dos povos da região do Xingu.
Na paleta de cores, verde e amarelo. Mas também vermelho e preto, porque a mulher brasileira também tem os seus mistérios.