Folha de S. Paulo


Câmara Alemã celebra 0,1% de crescimento e critica governo em Frankfurt

O sr. Gottfried Honnefelder foi a primeira pessoa a falar oficialmente dentro da Feira de Frankfurt deste ano.

E ele tinha motivos para comemorar e para se lamentar.

A alegria do sr. Honnefelder vem do crescimento de 0,1% da venda de livros na Alemanha.

Ele é o presidente da Câmara Alemã do Livro e frequenta o principal evento do mercado livreiro há quatro décadas.

Nos últimos anos, os indicadores vinham sendo negativos.

Mas o sr. Honnefelder também está muito chateado. "O governo alemão não está fazendo absolutamente nada para ajudar o setor livreiro. Estão nos tratando como se vendêssemos parafusos", disse, em cerimônia de abertura para a imprensa, na manhã de hoje.

Já o presidente da Feira de Frankfurt, Juergen Boos, fez uma fala mais teórica, sobre as implicações do digital no hábito da leitura.

"Sou otimista, acredito que as pessoas vão voltar a se falar."

O terceiro componente da mesa, o presidente do grupo editorial americano Wiley, Stephen Smith, comentou o avanço digital nos negócios da sua própria empresa, que hoje já consegue 80% de seus recursos com publicações científicas por meios digitais.

A editora abriu no ano passado uma filial no Rio de Janeiro e foi em português, ou algo parecido com isso, que ele encerrou sua fala.

Citando Monteiro Lobato, disse "a coisa que menos me mete medo no mundo é o futuro".


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