Vocalista da banda norte-americana Buckcherry, uma das atrações do Monsters of Rock, que acontece em São Paulo nos dias 19 e 20/10, Josh Todd disse que tocar no festival o deixa "honrado".
O grupo toca no dia 20 de outubro na Arena Anhenbi, local do festival.
A banda começou 1995, quando o guitarrista Keith Nelson e Josh Todd resolveram montar o Buckcherry. Natural de Los Angeles, o grupo começou tentando tocar hard rock, mas não obteve sucesso. Depois de dois álbuns desse estilo --"Buckcherry" (1999) e "Time Bomb" (2001)-- acabou encerrando atividades.
Em 2005, porém, Nelson e Todd voltaram à ativa e conseguiram êxito comercial. Atualmente, o Buckcherry é formado pelos dois e pelo guitarrista Stevie D, o baixista Jimmy "Two Fingers" Ashhurst e o baterista Xavier Muriel.
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| Integrantes do Buckcherry em foto promocional do disco "Confessions"; Josh Todd está ao centro, em primeiro plano |
Em 2013, a banda lançou o álbum "Confessions", que tem como tema principal os sete pecados capitais.
Em uma das músicas, "Sloth", o vocalista relata o suicídio de seu pai quando ele tinha apenas dez anos de idade. "Quando estava fazendo uma pesquisa sobre os pecados, achei que o ato mais 'preguiçoso' era o suicídio. Eu tive que voltar para aquele dia da morte do meu pai, que foi muito difícil para mim, mas quando eu ouço a música eu realmente a amo da maneira como foi concebida", revelou Todd.
No dia 20 de outubro, no Monsters of Rock, além do Buckcherry, se apresentam Aerosmith, Whitesnake, Ratt, e Queensrÿche (Geoff Tate) e Dr. Sin.
Leia abaixo entrevista com o vocalista Josh Todd.
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Folha - O Buckcherry volta ao Brasil para se apresentar no festival Monsters of Rock. Como é isto tudo para você?
Josh Todd - Primeiro de tudo, é sempre uma honra voltar para o Brasil, pois os fãs brasileiros entendem perfeitamente as músicas do Buckcherry, além de terem uma energia bem rock n' roll durante as apresentações. Tocar no Monters of Rock deixa a gente feliz principalmente porque ele é um festival lendário e se apresentar ao lado de grandes grupos deixa tudo muito mais divertido.
Quais grupo você mais quer assistir no Monsters of Rock?
De todas as bandas do festival a que desejo mais assistir é o Aerosmith, pois adoro todos os seus álbuns e considero Steven Tyler um grande vocalista e músico. Será muito importante tocar no mesmo dia que eles.
Para você, qual a principal diferença entre tocar no Brasil e outros países?
Se apresentar no Brasil é como se fosse um grande evento midiático, pois é realmente diferente dos outros países. Vocês têm uma energia muito grande e são apaixonados pela música e é isso que deixa tudo mais divertido para os músicos. Sem dúvida, é isto que torna tocar para vocês bem mais legal do que em outros lugares.
Em algumas entrevistas recentes sobre o novo álbum, "Confessions", você explica que o trabalho tem a ver com os setes pecados capitais. Você diria que o título do álbum tem algo a ver com a sua personalidade?
Muitas bandas já usaram o tema dos sete pecados capitais, mas durante o processo de composições nós conversamos entre si e resolvemos aceitar o desafio de fazer músicas com essa temática. Eu tive que fazer uma pesquisa bem grande sobre fatos que aconteceram no passado e que afetaram na minha personalidade, por isso ele se chama "Confessions". Colocamos todos nossos sentimentos para fora.
A música "Sloth" fala sobre o suicídio de seu pai. Como foi para você presenciar algo tão triste ainda quando criança?
Quando meu pai se foi eu tinha dez anos e era apenas uma criança. No dia em que tudo aconteceu, ele ligou para minha família e estava tudo bem, mas logo depois aconteceu tudo isso que você citou. Essa música fala sobre este dia muito triste para mim, e é muito importante dizer que ela é bastante pessoal e introspectiva. Quando eu estava fazendo uma pesquisa sobre os pecados eu achei que o ato mais "preguiçoso" era o suicídio. Eu tive que voltar para aquele dia, que foi muito difícil para mim, mas quando eu ouço a música eu realmente amo ela da maneira como foi concebida.
Existem rumores de lançamento de um filme baseado no álbum. Isto é verdade?
Sim, uma produtora já entrou em contato conosco. Estamos apenas esperando e ansiosos pelo que pode acontecer em relação a este respeito.
Em sua opinião, qual a principal diferença entre o hard rock atual para o praticado nos anos 1980?
Acredito que tudo mudou em virtude da internet. Hoje eu posso gravar algo em meu computador e enviar para meus colegas por email, porém, em compensação, antigamente as pessoas tinham que se unir para fazer algo. Bandas escreviam mais músicas dentro do estúdio, etc. Cada época tem o seu lado bom e ruim, o que devemos fazer é nos adaptar e criar melhores composições.
Por fim, quais os planos do Buckcherry após o festival?
Ainda não temos nada pronto para o próximo álbum, pois temos muitas apresentações para fazer ainda nesta turnê. Mas garanto que assim que terminarmos tudo iremos para o estúdio gravar um novo trabalho.
BUCKCHERRY NO MOSTERS OF ROCK
QUANDO 20 de outubro de 2013
ONDE Arena Anhembi - av. Olavo Fontoura, 1209, Santana, zona norte, São Paulo
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