Folha de S. Paulo


Neschling funde os corais Lírico e Paulistano, do Theatro Municipal

Os músicos dos corais Lírico e Paulistano, ambos sediados no Theatro Municipal, foram chamados nesta terça pela direção da casa para serem comunicados de que os grupos serão fundidos em um só a partir do ano que vem. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do teatro, hoje dirigido pelo maestro John Neschling.

A ideia de Neschling é priorizar o novo coral em montagens líricas, o que reforça orientação do maestro desde que assumiu o cargo, no começo deste ano, de direcionar para a ópera a programação do Theatro Municipal.

Diferentemente do Lírico, hoje o coral Paulistano não está voltado primordialmente para a ópera. Seu repertório é dedicado a músicas para orquestra, composições brasileiras e eruditos contemporâneos.

Os músicos foram informados de que por ora não vai haver demissões e de que o novo coral passaria a ter o nome Coral Lírico Paulistano.

No entanto, profissionais dos dois coros ouvidos pela Folha e que não quiseram ser identificados afirmam que a informação foi assimilada com descrédito, pois o número de músicos reunidos na fusão seria maior do que o necessário para atender à demanda das óperas. Um deles informou que o contrato de ambos os corais termina em dezembro.

Com 84 cantores, o Coral Lírico foi criado em 1939, com o maestro Armando Belardi no comando. Ele era o diretor artístico do Theatro Municipal de São Paulo.

O Coral Paulistano é formado por 38 cantores e foi criado em 1936 por Mário de Andrade, então diretor do Departamento Municipal de Cultura.

Sylvia Masini/Divulgação
O coral Lírico, que será fundido ao coral Paulistano, por decisão do maestro John Neschling
O coral Lírico, que será fundido ao coral Paulistano, por decisão do maestro John Neschling

Endereço da página: