Folha de S. Paulo


Barcinski: Público sofre com aperto e som ruim no show do Helloween

Há coisas incompreensíveis nesse Rock in Rio: enquanto o desconhecido Kiara Rocks toca no palco principal, os alemães do Helloween, veteranos do metal e com um grande número de fãs no Brasil, ficaram relegados ao palco secundário.

Resultado: uma barreira humana que congestionou toda a área do palco Sunset. Havia gente enfileirada nas lojas para tentar ver o grupo. Pior: quem conseguia chegar próximo ao palco sofreu com um som baixo e embolado. Na lateral do palco era possível conversar sem levantar a voz, e mal se ouviam as guitarras.

O Helloween é considerado um dos expoentes do power metal, uma versão mais melódica e menos agressiva do metal, com muito solos de guitarra, vocais agudos e temas ligados a fantasias mitológicas.

O público conhecia todas as músicas e cantou junto. O vocalista Andi Deris causou risadas ao comandar a massa no refrão de "Live Now". O cantor dividiu a plateia em duas e, com a finesse de um lorde, disse: "Agora vocês cantam 'Live now' e vocês - apontando para o outro lado - calem a porra das suas bocas!"

O ponto alto do show foi a participação do guitarrista Kai Hansen. Hansen foi um dos fundadores do Helloween, mas saiu no fim dos anos 80 para fundar outra banda do mesmo estilo, o Gamma Ray. Com três guitarras, o Helloween encerrou o show com uma trinca de sucessos: "Dr. Stein", "Future World" e "I Want Out". Os headbangers, como sempre, surtaram.


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