Folha de S. Paulo


Com máscaras e letras satanistas, banda sueca Ghost é surpresa do festival

Parece difícil levar a sério uma banda sueca de heavy metal na qual o vocalista se veste como um zumbi usando roupas que remetem às de religiosos católicos (e se chama Papa Emeritus 2) e seus instrumentistas encapuzados não têm nome.

Mas o Ghost (chamado de Ghost B.C. nos Estados Unidos, para não ser confundido com uma banda homônima) fez um dos melhores shows do Rock in Rio 2013.

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O som é lento e pesado, como se os guitarristas não escutassem nada além de Black Sabbath. As simulações de canto gregoriano caem bem nas canções que ficam entre o épico e o soturno.

Não é necessário ter conhecimentos de inglês ou latim (espécie de segundo idioma da banda) para perceber que a temática é satanista. Nomes de músicas que podem ser traduzidos por "Rainha Zumbi" ou "Devoto de Satã" já entregam.

O vocalista Papa Emeritus 2 (que tem esse nome porque substituiu o vocalista original, homônimo) difere do habitual modelo de vocalista das trevas, com uma voz afinada e uma maneira bem simpática de falar com o público, arriscando um português muito bom.

Quem não conhecia o Ghost deve ter ficado com vontade de ouvir os dois discos da banda: "Opus Eponymous" (2010) e "Infestissumam" (2013)


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