Folha de S. Paulo


Alice in Chains volta com grunge repaginado no Rock in Rio

O grupo norte-americano Alice in Chains, um dos mais importantes da geração grunge dos anos 1990, é uma das principais atrações de hoje do Rock in Rio, provavelmente só perdendo para o Metallica.

"É uma honra abrir shows para eles", diz Jerry Cantrell, guitarrista e um dos fundadores da grupo de Seattle, mostrando pouca preocupação por estar abaixo da banda de thrash metal na hierarquia do festival. O grupo também toca em São Paulo, no Espaço das Américas, no próximo dia 26.

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Cantrell diz ter ótimas recordações dos shows no Brasil, como no mítico Hollywood Rock de 1993, que também incluiu o Nirvana. "Adorei tocar aí, especialmente em 1993, com a nossa formação original, com o Layne Staley e o Mike Starr", relembra, citando o cantor e o baixista, mortos por overdose, respectivamente, em 2002 e 2011.

Devido aos problemas de saúde de Staley, a banda saiu de cena durante quase dez anos. Cantrell, Mike Inez e o outro integrante da formação original, Sean Kinney (bateria), demoraram a retomar a carreira, em 2005, quando William DuVall entrou no time, cantando e na guitarra.

"William trabalhou duro para se encaixar na banda e conseguiu. Ele tem um jeito próprio de cantar, não imitou o Layne, e conquistou os fãs", diz Cantrell. Atualmente, eles estão em plena turnê de divulgação do novo álbum, "The Devil Put Dinosaurs Here", lançado em maio.

O repertório dos shows deve incluir algumas faixas do novo CD, além de sucessos como "Would?" e "No Excuses".

"O legal é ver fãs que estão conosco desde o começo e outros que viram o grupo ao vivo pela primeira vez nesta turnê. É ótimo, pois mostra que estamos renovando o público", diz Cantrell.


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