Folha de S. Paulo


Jota Quest faz o que mais sabe no Rock in Rio: disparar hits

Tarefa quase impossível: assistir a um show do Jota Quest sem conhecer pelo menos um verso de algum hit da banda. Grudento e tocado à exaustão, das FMs a festas de formatura, o pop rock do grupo mineiro abriu a programação do palco Mundo na noite deste domingo (15), no Rock in Rio.

Para a banda, a vantagem é que não é preciso muito esforço para conquistar a simpatia da galera. Todos ali estavam (apenas) querendo o que eles mais sabem fazer: disparar um hit atrás do outro.

Pulando o tempo todo no palco, Rogério Flausino começou o show com um dos maiores sucessos, "Na Moral", do álbum "Discotecagem Pop Variada", de 2001.

Na plateia, o clima era tranquilo: ainda havia muito espaço para circular e ver os mineiros de perto. Antes de tocar "Já Foi", Flausino, um animador de público nato, incentivou: "O Rock in Rio é disco". E dá-lhe pulos do frontman no palco e dos fãs no gramado.

"Encontrar alguém" e a romântica "Só Hoje" não passaram despercebidas --foram cantadas em uníssono por todo mundo. Em retribuição, a galera recebeu novidades: "Depois de cinco anos sem lançar um disco de inéditas, vou anunciar em primeira mão o nome do nosso novo álbum, que será 'Funk, Funk, Boom, Boom.'''

Segundo o vocalista, o disco, que será lançado em outubro, será mais "funk e soul, assim como os os primeiros trabalhos do Jota Quest".

Em seguida, tocou uma faixa nova com integrantes do Funk Como Le Gusta na banda, chamada "Mandou Bem".

"De Volta ao Planeta dos Macacos" veio num tom político. Flausino agarrou uma bandeira nacional, e emendou trechos de "Brasil", de Cazuza, com o hit. "Aí, mensalão, estamos de olho", disse.

Como surpresa final, Lulu Santos subiu ao palco para cantar "Tempos Modernos". Ele dançou, pulou e tocou gaita, mas só fez vocal de apoio para Flausino. Mais um megahit pop para coroar a apresentação.


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