Folha de S. Paulo


Com repertório 'instintivo', Florence Welch fecha sua turnê hoje no Rock in Rio

Se Florence Welch atacar um cover do hit "Get Lucky", do duo Daft Punk, no show de hoje no Rock in Rio, você já sabe: ela estará completamente bêbada.

"Se isso acontecer, grite para mim: você está bêbada! Saia do palco agora", gargalha a líder da banda Florence and the Machine, em entrevista à Folha.

"Fiz isso num show pequeno. Enfiei o pé na jaca. Confie em mim, você não vai querer que eu faça isso amanhã!" Para os curiosos, o vídeo citado está na internet (youtu.be/JP7kIgZQBhA).

Jacek Bednarczyk/Efe
Florence Welch, cantora do Florence and the Machine, em show na Polônia no mês passado
Florence Welch, cantora do Florence and the Machine, em show na Polônia no mês passado

O show marcado para começar às 22h10 de hoje, o último da turnê atual, deve ficar mais restrito aos dois álbuns da banda, "Lungs" (2009) e "Cerimonials" (2011). É especial não só por ser o último, mas porque a cantora inglesa, de 27 anos, quase não se apresentou neste ano.

"É ótimo tocar depois de um tempo sem fazer shows", diz a ruiva, enquanto toma água de coco. "Esqueço que a performance é uma parte tão importante do que faço. Subo no palco e me dou conta: Ó, meu Deus, nem me lembrava de como adoro fazer isso!".

Na agenda de Florence aqui, por enquanto, só uma visita ao Cristo Redentor, que ela não conseguiu conhecer na última visita, em 2011.

REPERTÓRIO

Sucessos como "Dog Days Are Over" e "Shake it Out", com potencial festivalesco de levantar multidões, estão obviamente garantidos.

Mais do que isso, a cantora (que deve lançar disco novo no fim de 2014) não se arrisca a antecipar. "Muito do que acontece é instintivo. Você não sabe o que vai acontecer até subir no palco."

Certo é que a cantora fará uma performance à la Florence, com vocais intensos, influenciados por Kate Bush e Siouxsie Sioux, danças vaporosas e muitos saltinhos.

Uma de suas maiores inspirações para a atuação expansiva no palco foi sua mãe, professora de história da arte.

"Ninguém na minha família é músico. Eu não entendia de onde vinha essa necessidade de fazer uma performance na frente de um público."

E completa: "até que vi minha mãe dando aulas. Ela se transformava completamente, dava um show. Ainda era minha mãe, mas em outro nível. Esse gosto por comandar um ambiente veio de alguém."


Endereço da página: