Folha de S. Paulo


Rebolado de Beyoncé e tributo a Cazuza marcam 1ª noite do Rock in Rio

Na apresentação de Ivete Sangalo, que cantou ontem na primeira noite do Rock in Rio 2013, ela fez questão de mostrar que Beyoncé, com show previsto para começar à 0h, precisaria rebolar muito para batê-la em seu terreiro. "Aqui é de igual para igual, Bi", disse à plateia.

Bem, Beyoncé entrou no palco rebolando muito mesmo, à 0h22. E, com hits à beça, levou o público de 85 mil pessoas a um patamar superior de satisfação. Luzes, telão, bailarinos, vozeirão e, claro, pernocas à mostra.

Às 20h35, a cantora Ivete Sangalo subiu ao palco com seu infalível Carnaval portátil e colocou a garotada para pular e cantar.

Com um vestido azul curto e uma capa logo abandonada, a baiana entrou cantando "País Tropical".

Em homenagem ao festival, tentou reproduzir um momento rock, cantando "Love of My Life", do Queen. Roqueiros se indignaram.

Para acompanhar esse "duelo de divas", o público precisou ter paciência numa jornada que, para muitos, chegou a ultrapassar três horas dentro de táxis ou ônibus.

Desde cedo a interdição das ruas ao redor da Cidade do Rock causou um engarrafamento que foi se espalhando pela cidade. No terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, onde o público deveria pegar as linhas de ônibus expressas, funcionários não conseguiam orientar corretamente aqueles que tentavam comprar os cartões de acesso.

Até conseguir entrar em um dos veículos era preciso esperar, no mínimo, uma hora em uma das filas.

No Aeroporto Santos Dumont, no fim do dia, a espera mínima por um táxi também era de uma hora. As pessoas, temendo perderem os shows, começaram a buscar alternativas na área de embarque e fora do aeroporto.

Durante a tarde, na Cidade do Rock, pouca gente viu os shows do palco Sunset, secundário. O palco Mundo teve às 17h a Orquestra Sinfônica Brasileira misturando erudito e rock.

De uma música para outra, fez viagens inusitadas que iam de Richard Strauss a "Eye of the Tiger", o tema rock-brega de "Rocky 3".

No show seguinte, homenagem a Cazuza, o resultado foi irregular. Mas a escalação acertou na abertura, com o titã Paulo Miklos jogando peso em "Vida Louca Vida". Depois vieram Maria Gadú, Bebel Gilberto e Rogério Flausino.

A mesma empolgação só se repetiria nos números finais. Ney Matogrosso fez uma contida mas emocionante performance de "O Tempo Não Para" e "Brasil". Em seguida, o Barão Vermelho usou imagens de Cazuza falando ao público do primeiro Rock in Rio, em 1985.


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