Folha de S. Paulo


Beyoncé fecha primeiro dia de Rock in Rio com hits e funk 'Passinho do Volante'

Com todo o profissionalismo e a qualidade técnica que costumam acompanhar as turnês das principais estrelas do showbiz, a diva americana Beyoncé, 32, fechou o primeiro dia de Rock in Rio, já na madrugada deste sábado (14), com um grande espetáculo para os olhos, um punhado de bons hits e uma surpresa final --um trecho do funk "Passinho do Volante" (aquele do "ah lelek lek lek").

Era 0h20 quando mrs. Carter (o sobrenome de seu marido, o rapper Jay-Z, que ela usa para nomear sua atual turnê) entrou no palco com muitas luzes, fogo, bateção de cabelo e pose de quem manda no mundo, ao som do batidão de "Run the World (Girls)".

O show foi uma versão mais curta do que a americana mostrou em Fortaleza e Belo Horizonte, as duas primeiras paradas de sua atual turnê pelo Brasil --São Paulo e Porto Alegre devem ver novamente o show completo.

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É um grande espetáculo visual, mais até do que sonoro --não por acaso, em diversos momentos o público mais assiste do que participa cantando e dançando. O contraste com a algazarra constante do show de Ivete Sangalo é gritante.

Há muitos jogos de luzes, telões que mudam o cenário, fogo e fumaça, além das poses estudadas, coreografias milimetricamente ensaiadas e vídeos que servem de interlúdio para as trocas de roupa (seis, num show de 90 minutos).

"I love you, Rio", disse a cantora, na primeira das muitas declarações de amor que faria aos fãs.

A primeira das trocas de roupa acontece já antes da terceira música, a balada "If I Were a Boy", que vem em versão mais pesada, incluindo uma citação de "Bittersweet Symphony" (do Verve).

É uma das canções feitas para Beyoncé mostrar seu incrível alcance vocal --"Why Don't You Love Me" e "1+1", que aparecem ao longo do show, são outras dessas.

"Rio, bem-vindos à 'Mrs. Carter Tour'. Tenho de dizer que estou muito honrada de estar aqui em frente a tantos rostos tão bonitos. É como um sonho diante de mim", disse a americana, em inglês.

Em seguida, mostrou uma das músicas em que dança mais do que canta, "Baby Boy", sucesso com a plateia.

Como de praxe, é durante os hits que o show decola de fato, e a estrela guardou a maior parte deles para o final: "Irreplaceable", com uma levada de violão que a deixa mais suingada, e "Love on Top" tiram a plateia da inércia, antes que a dobradinha com "Crazy in Love" e "Single Ladies" (esta com um trecho de "Movin' on Up") ponha fogo no gramado.

"Halo", que vem precedida por uma breve versão de "I Will Always Love You", é outro momento que mostra que Beyoncé tem o mesmo talento vocal de Whitney Houston.

A cantora aproveita para descer do palco e se aproximar dos fãs na primeira fila. Na volta, diz que tem "uma surpresa" para os cariocas e coloca no som o "Passinho do Volante", com o qual dá uma dançadinha, para delírio do público.

Foi um encerramento particularmente animado para um show que, na média, conquistou mais os olhos do que as cinturas dos fãs.

*

Set list do show

"Run the World (Girls)"
"End of Time"
"If I Were a Boy"
"Get Me Bodied"
"Baby Boy"
"Diva"
"Naughty Girl"
"Party"
"Freakum Dress"
"Why Don't You Love Me"
"1+1"
"Irreplaceable"
"Love on Top"
"Crazy in Love"
"Single Ladies (Put a Ring on It)"
"I Will Always Love You" / "Halo"


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