Folha de S. Paulo


Waldir Silva, o 'Rei do Cavaquinho', morre em BH, aos 82

O músico e compositor Waldir Silva, conhecido como o "Rei do Cavaquinho", instrumento que começou a tocar ainda criança, morreu neste domingo (1º) aos 82 anos no hospital Biocor, em Nova Lima (região metropolitana de Belo Horizonte).

Mineiro de Bom Despacho, Waldir Silva foi um dos músicos mineiros que mais vendeu discos. Ao longo da sua vida, gravou mais de 30 álbuns, cujas vendas teriam ultrapassado seis milhões de cópias. Silva passou pelas principais gravadoras do país.

Os discos do cavaquinista incluíam composições próprias e de outros autores. Silva foi uma referência no choro, juntamente com o flautista Altamiro Carrilho, morto no ano passado. Os dois tocaram e gravaram juntos.

Waldir Silva ganhou do pai o seu primeiro cavaquinho quando completou sete anos de idade. Cinco anos depois, fez a sua primeira apresentação em Pitangui, no interior de Minas, e nunca mais parou, consolidando-se como referência na música instrumental nacional.

Silva, que permaneceu na ativa até recentemente, tocou em bailes, serestas e fez shows por todo o país. Nos últimos tempos, contudo, vinha tocando menos e se apresentava sempre sentado, por causa de uma doença crônica.

Segundo sua filha, Cátia Magalhães, Waldir Silva sofria de miastenia grave. Trata-se de uma doença neuromuscular autoimune que causa fraqueza muscular e fadiga extrema. No último dia 23 ele foi internado com pneumonia e morreu às 12h35 deste domingo.

Radicado em Belo Horizonte, Silva deixa mulher, três filhos e dois netos. "É um cavaquinho que vai fazer falta", disse a filha.

O corpo do músico será velado na Casa da Paz, em Belo Horizonte, junto ao cemitério do Bonfim, onde Silva será enterrado na segunda-feira (2), às 13h.


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