"Latitudes" é um projeto brasileiro que leva seu casal de protagonistas a oito países ao redor do mundo, discutindo como os lugares em que estão influencia a relação dos dois.
A produção, estrelada por Alice Braga e Daniel de Oliveira, é dirigida por Felipe Braga e tem uma proposta pouco ortodoxa: estreia hoje sua primeira parte --Paris-- no YouTube, com formato exclusivo para a internet.
No dia 2 de setembro, às 22h, se estende para a TV a cabo, quando passa ser exibido pela TNT. Segundo o diretor, a experiência na TV será totalmente nova, até para o público que já assistiu online.
Série brasileira atropela TV e chega primeiro à internet
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| Alice Braga e Daniel de Oliveira em cena de 'Latitudes' |
No YouTube, cada capítulo terá, em média, 12 minutos, contando apenas com a dramatização, um em cada país. Já na televisão, a duração será ampliada para cerca de 22 minutos, o que permitirá a inserção de cenas gravadas durante os ensaios dos dois atores.
"Geralmente, você assiste o material na TV e depois vai buscar um extra na internet", diz Felipe Braga. "Aqui é como se fosse o inverso."
Em meio à dramatização exibida na TV, as imagens das leituras e dos ensaios mostram a construção dos dois personagens, enquanto os atores discutem suas falas e a melhor reação a cada uma delas.
"O título 'Latitudes' não vem das viagens. Vem da proposta [feita] para o Daniel e para a Alice para explorarem as diferentes latitudes dos personagens e do texto", diz Braga, que também roteiriza a produção.
O projeto da LosBragas e da House Entertainment terá oito episódios na web e mais oito na TV, além de um longa, com lançamento ainda indefinido.
ENVOLVIMENTO
Na história, Alice vive Olívia, uma editora de moda que viaja a trabalho pelo mundo e se envolve com o personagem de Oliveira, o fotógrafo José. Os dois se conhecem em Paris e se encontram em cada viagem, da Inglaterra à Turquia.
Os atores recebem créditos de produtores. "Sem esse envolvimento deles, esse compromisso, o filme não teria acontecido", conta Felipe Braga.
Alice, que conhecia o diretor há cinco anos --ele roteirizou "Cabeça a Prêmio", de 2009, que a atriz protagoniza--, participou do processo desde o princípio. "A ideia veio de um desejo de fazer as coisas, não ficar esperando alguém chamar", diz.
Para ela, a opção pelos novos meios de difusão democratiza o projeto. "[As novas mídias] abrem a possibilidade para um público que não consegue ir ao cinema. O cinema hoje é muito caro."
Veja abaixo a primeira parte: