Folha de S. Paulo


Igreja evangélica diz não ver filme 'Inferno' como uma crítica

Procurada pela reportagem da Folha para comentar o filme "Inferno", projeto da artista israelense Yael Bartana, a Igreja Universal do Reino de Deus pediu a sinopse do filme e quis ter acesso às declarações de Bartana antes que elas fossem publicadas.

Mesmo diante dessas informações, repassadas pela reportagem, a Universal disse por meio de nota que "sem saber o teor do vídeo é impossível saber se a artista pretende criticar a construção do templo, a Universal, seus membros ou fiéis".

Artista encena destruição de novo templo evangélico da Universal em 'Inferno'

Também informou, em resposta aos comentários de Bartana, que "a Universal é uma igreja para todas as pessoas, que possui membros de todas as classes sociais e trata todos de forma igual".

Fabio Braga/Folhapress
Figurantes durante cena que simula a destruiçãoo do templo de Salomão na gravação de 'Inferno'
Figurantes durante cena que simula a destruiçãoo do templo de Salomão na gravação de 'Inferno'

Sobre o discurso do bispo Edir Macedo, líder da igreja evangélica, citado pela artista, a Universal esclareceu que durante uma "peregrinação" a Israel, o bispo quis que o povo da Universal pudesse "pisar no chão e nas pedras que um dia Jesus pisou".

"Se eu não posso trazer todo o povo para cá, então vou levar pedaços desta terra para eles", disse Macedo, em referência à importação das pedras de Israel para revestir partes do novo templo.

Sobre a construção, no Brás, de um templo maior que a catedral da Sé, o bispo disse que "não se trata de um projeto denominacional, muito menos pessoal, mas algo tão glorioso, do ponto de vista espiritual, que transcende a própria razão". (SM)


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