Folha de S. Paulo


Editora planeja 14 reedições e volume de melhores entrevistas de Ferreira Gullar

Com mais de 30 títulos publicados desde 1954, quando saiu a primeira edição de "A Luta Corporal", Ferreira Gullar tem há décadas a maior parte de sua produção, especialmente a poética, concentrada na José Olympio.

Até 2014, quanto se completam 60 anos de "A Luta Corporal" --na verdade, há um livro anterior, "Um Pouco Acima do Chão" (1949), mas este Gullar considera uma obra imatura--, a editora carioca pretende reeditar 14 títulos do autor.

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Os primeiros saíram há poucas semanas, junto com o infantil inédito "A Menina Cláudia e o Rinoceronte". São eles os títulos mais recentes de Gullar, "Muitas Vozes" (1999) e "Em Alguma Parte Alguma" (2010), e o mais famoso, "Poema Sujo" (1976)

Cecilia Acioli/Folhapress
Obras do poeta Ferreira Gullar em seu apartamento em Copacabana, no Rio
Obras do poeta Ferreira Gullar em seu apartamento em Copacabana, no Rio

Por estes dias, estão saindo "Dentro da Noite Veloz" (1975) e "Na Vertigem do Dia" (1980), e até setembro chegam "A Luta Corporal" (1954) e "Barulhos" (1987).

Nenhum desses títulos estava fora de catálogo, mas a editora Maria Amélia Mello, que trabalhou no material com Augusto Sérgio Bastos, explica que reeditar é um modo de demonstrar atenção aos grandes autores da casa.

Além do novo projeto gráfico, as obras receberam novos aparatos: a textos de nomes como Alfredo Bosi e Alcides Villaça, somaram-se outros de Augusto Massi, Marco Lucchesi e José Castello.

Para 2014, a JO prevê outras sete reedições e dois novos volumes: uma antologia de textos de arte e uma seleção de entrevistas com o autor de frases como "Não quero ter razão, quero ser feliz".

A Cosac Naify e a Global também detêm obras do autor, como crônicas e ensaios. Os poemas renegados de "Um Pouco Acima do Chão" (1949) entraram como apêndice em "Poesia Completa, Teatro e Prosa", da Nova Aguilar.


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