Folha de S. Paulo


Telas roubadas de museu em Roterdã podem ter sido incineradas por mãe de ladrão

Quadros de Picasso, Matisse e Monet roubados no ano passado de um museu em Roterdã podem ter sido carbonizados pela mãe de um dos ladrões na Romênia. Cinzas estão sendo analisadas agora por um museu do país para verificar se são, de fato, os restos de um conjunto de telas fruto de um dos roubos mais vultosos da história da arte.

Segundo Gabriela Chiru, porta-voz da acusação, o Museu de História Nacional da Romênia analisa as cinzas do forno de Olga Dogaru, mãe de Radu Dogaru, um dos três suspeitos romenos acusados de envolvimento com o roubo no Kunsthal de Roterdã.

Se fossem vendidas em leilão, as telas levadas do museu poderiam valer mais de uma centena de milhões de reais. Só uma delas, "Ponte de Waterloo", que Claude Monet pintou em 1901, já havia sido leiloada por cerca de R$ 138 milhões.

Dogaru disse a investigadores que enterrou as obras numa casa abandonada e depois num cemitério após a prisão de seu filho. Depois, decidiu incinerar os quadros em fevereiro, quando a polícia começou buscas pelas telas roubadas.

A acusação, no entanto, duvida da versão de Dogaru e ainda analisa as cinzas para ter certeza de que se tratam das telas em questão. Foram sete pinturas no total, uma de Picasso, "Cabeça de Arlequim", duas de Monet, "Ponte de Waterloo" e "Ponte de Charing Cross", um Matisse, "Moça de Branco e Amarelo Lendo", um Gauguin, "Moça em Frente a Janela Aberta", um autorretrato de Meyer de Haan e "Mulher de Olhos Fechados", de Lucian Freud.


Endereço da página: