Folha de S. Paulo


Em 'O Homem de Aço', novo Superman defende herói bom e real

O novo Superman não tem a ironia e ousadia do Homem de Ferro nem o estilo misterioso e sombrio do Batman, mas ele é "inerentemente bom e real", defende seu novo intérprete, o ator inglês Henry Cavill.

"Ele é simplesmente o vovô de todos os super-heróis. Sim, há muitos filmes do gênero e muita pressão. Ainda assim, todo mundo quer ver o que fizemos", disse Cavill a jornalistas num hotel de Los Angeles, antes do lançamento de "O Homem de Aço", que estreia nesta sexta-feira (12) no Brasil.

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De fato, o filme estreou com um recorde de bilheteria no mês passado nos EUA, cerca de US$ 116 milhões (R$ 263 milhões), embora o público tenha caído 65% no final de semana seguinte.

"A diferença é que esta história é fortemente baseada na realidade, é o que nos distingue. Queremos que o espectador acredite", continuou o ator de 30 anos, conhecido pela série histórica "The Tudors" (2007-2010) e que tem no currículo filmes como "Imortais" (2011) e "Fuga Implacável"(2012). "Super-heróis sempre serão relevantes, são mitologias, trazem ideia de esperança."

Apesar da vontade de realismo, o diretor Zack Snyder ("Watchmen", "300") e o corroteirista David S. Goyer (trilogia "Batman") criam invencionices até mesmo irreais no universo dos quadrinhos, como o desfecho da luta derradeira contra o vilão Zod (Michael Shannon).

O filme narra as origens de Clark Kent, um alienígena escondido entre os humanos, desde sua chegada à Terra ainda bebê, vindo de Krypton, um planeta à beira da destruição, passando
por sua complicada adaptação na escola e a descoberta de seus poderes.

A ação começa quando Zod, um conterrâneo kryptoniano, vem em busca de Clark Kent, que vaga pelo mundo fazendo trabalhos braçais e tentando esconder seu segredo. Kevin Costner e Diane Lane vivem seu pai e mãe adotivos.

"Zack [Snyder] é audacioso e um intelectual que acredita na inocência da infância. Ele queria que eu e Kevin [Costner] déssemos um grau de humanidade, emoções e aquela vulnerabilidade que os pais têm por seus filhos", disse Diane Lane, 48, à Folha.

Para Costner, 58, "todo mundo quer secretamente um super-homem, alguém que se levante e proteja as pessoas sem voz"."Mas o que mais me animou, na verdade, é que meus filhos vão poder dizer na escola: 'meu pai é o pai do Superman'."


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