Folha de S. Paulo


Show de Gil na Flip teve homenagens a outros compositores e miniprotesto do público

No show de abertura da 11ª Festa Literária Internacional de Paraty, o cantor Gilberto Gil subiu ao palco pouco antes das 22h30 da quarta-feira (3). Acompanhado por seu filho Bem na guitarra e por Gustavo de Dalva na percussão, começou a apresentação com "Realce".

Em seguida, cantou "A Novidade". Foi quando começou um pequeno protesto na Flip.

Danilo Verpa/Folhapress
Gilberto Gil no show de abertura da Flip 2013
Gilberto Gil no show de abertura da Flip 2013

Centenas de pessoas que assistiam ao show fora da tenda começaram a reclamar do som, que mal chegava às laterais.

Sem entender a reclamação ruidosa, Gil anunciou que estavam em assembleia. "Mas vem cá, tem uma pauta especifica ou é um movimento difuso como as manifestações?", disse, divertindo parte da platéia. A que estava do lado de fora continuou ouvindo mal o show.

O imbróglio durou alguns minutos, até a apresentação ser reiniciada com "Domingo no Parque".

Daí em diante, o show seguiu repleto de hits do cantor como "Babá Alapalá" e uma série de homenagens a outros artistas.

De Dorival Caymmi, Gil interpretou a pouco conhecida "Milagre", uma ode à vida de pescador. Jackson do Pandeiro e Gordurinha foram lembrados na interpretação de "Chiclete com Banana".

Fechando o que ele chamou de "ciclo de três sambas", o artista cantou também "Eu Vim da Bahia", música que compôs quando deixou seu estado natal, com uma breve citação de "Na Baixa do Sapateiro", de Ary Barroso.

Depois vieram Bob Marley ("Three Little Birds") e John Lennon ("Imagine"). O show seguiu com músicas como "Drão", "Expresso 2222"e "Vamos Fugir".

Depois de um discurso louvando a seleção brasileira, campeã da Copa das Confederações, a apresentação, de cerca de 1h30 de duração, foi encerrada com a sequência de "Maracatu Atômico", de Jorge Mautner e Nelson Jacobina, "Toda Menina Baiana", da autoria de Gil, e sua clássica versão de "No Woman No Cry", de Bob Marley.


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