A cantora argentina Sol Alac se apresenta nesta quinta (6) no Na Mata Café, mostrando canções do DVD " La Luz de Mis Ojos", que ela está finalizando. Radicada em Belo Horizonte, Sol traz ao público seu tango "novo", com influências de pop e rock, e também seu pop rock com alma "tangueira".
"É um diferencial do meu trabalho. Posso fazer rock misturado com pop e eletrônico, a mistura que eu quiser, mas a estética do tango é minha identidade", afirma a cantora nascida há 32 anos em Baía Blanca, província de Buenos Aires.
| Fabio Braga/Folhapress | ||
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| A cantora argentina Sol Alac, 32, radicada em Belo Horizonte, apresenta seu show ao público paulistano no Na Mata Café |
Sol pode cantar também o tango clássico. "Volver", de Carlos Gardel e Alfredo La Pera, é um exemplo disso em seu repertório. Os tradicionalistas devem adorar essa, mas eles gostam também de um tango moderno, modificado?
"Como tudo de longa data, há sempre alguma resistência a mudanças. Isso aconteceu de uma maneira bem forte quando Astor Piazzolla criou seu tango mais ligado ao jazz, muita gente achou horroroso. As pessoas têm gostado do trabalho que eu mostro. Talvez os mais velhos estranhem um pouco, mas sem rejeitá-lo."
Ela morou em Belo Horizonte no início da década passada, quando seu marido, o celebrado ex-jogador da seleção argentina de futebol Juan Pablo Sorín, vestiu a camisa do Cruzeiro. Ele voltou a jogar na Europa e ela o acompanhou. Antes de parar de jogar, em 2006, Sorín passou outro período no Cruzeiro. Depois disso, o casal optou por se fixar na capital mineira.
"Foi uma escolha com o coração. Adoro o Brasil, todos os lugares e as pessoas, mas com Belo Horizonte é paixão mesmo. É uma cidade cheia de música", conta Sol, que também tem uma carreira de atriz, entre cinema, teatro e TV.
Apesar de se concentrar neste ano em shows e na gravação do novo CD, para ser lançado em 2014, ela admite que quer mais trabalhos como atriz. "Apesar de considerar que no palco eu também estou atuando, quero trabalhar mais em novelas, filmes..."
Sol vai cantar no show duas canções brasileiras: "Eu Sei que Vou Te Amar", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e "Canto de Ossanha", de Vinicius e Baden Powell. "Apesar de ser uma música de vocês [brasileiros]. eu sinto que 'Eu Sei que Vou Te Amar" também é minha, tenho uma história com ela, a canto desde os 16 anos. Quando estava grávida, não conseguia cantá-la inteira. Começava rindo, terminava chorando. Eram os hormônios, sabe?", relembra.
Ela acha "Canto de Ossanha" belíssima. "Quando ouvi a versão de Elis Regina, nossa! Foi um outro universo se abrindo para mim."
Quem se dirigir ao Na Mata Café vai assistir a uma noite de tango moderno, mas não só isso.
SOL ALAC
QUANDO hoje, às 22h30
ONDE Na Mata Café (r. da Mata, 70, Itaim Bibi, tel. 0/xx/11/3079-0300)
QUANTO entrada das 20h30 às 21h30, R$ 15; após 21h30, R$ 35
CLASSIFICAÇÃO 18 anos