Folha de S. Paulo


Obra de Lygia Clark vendida por US$ 2,2 milhões em Nova York bate recorde

Uma obra de Lygia Clark vendida na quinta (23) por US$ 2,2 milhões, cerca de R$ 4,5 milhões, na Phillips, em Nova York, bateu o recorde de valor para um artista brasileiro arrematado em leilões. Fora das vendas públicas, uma peça de Clark havia sido vendida por € 1,8 milhão, ou R$ 4,7 milhões, na feira Art Basel, em Basileia, há dois anos.

Superando seu lance inicial de US$ 600 mil, ou R$ 1,2 milhão, "Contra Relevo (Objeto N. 7)", pintura de 1959, de Clark bate agora o último recorde estabelecido por um brasileiro em leilões, no caso, a tela "Meu Limão", obra de 2000 de Beatriz Milhazes arrematada por US$ 2,1 milhões, ou R$ 4,3 milhões, na Sotheby's, em Nova York, em novembro do ano passado.

Divulgação
Obra
Obra "Contra Relevo (Objeto N. 7)", 1959, de Lygia Clark, vendida por US$ 2,2 milhões nesta semana

Milhazes continua mantendo o recorde de artista brasileiro mais valorizado hoje em leilões, mas a marca de Clark, que morreu em 1988, eleva a arte do país a outro patamar. Chama a atenção que a obra em questão é uma pintura, desviando da rota de supervalorização de suas esculturas da série "Bicho", até hoje a parte da produção da artista mais cobiçada no mercado.

Esses valores, aliás, devem continuar em ascensão, já que a artista terá uma grande retrospectiva no MoMA, em Nova York, no ano que vem, uma das exposições mais aguardadas no calendário do museu nova-iorquino.


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