Folha de S. Paulo


Fãs de Bárbara Eugênia e Céu fazem caminhada na cidade para ver seus shows

A ideia de montar dois palcos da Virada Cultural na rua Casper Líbero não gerou muita movimentação no local. Durante a madrugada de domingo (19), o público foi bem reduzido. À tarde, também não deu certo.

Os palcos eram dedicados a bandas e artistas jovens --um para atrações paulistas e outro para nomes de outros Estados. Muitas vezes, a plateia diante da atração não chegou a cem pessoas.

Quem mais atraiu público na Casper Líbero foi Bárbara Eugênia, que tinha cerca de 400 pessoas acompanhando seu show às 15h. Apesar de problemas iniciais com o som, quando a voz da cantora ficou muito baixa por duas músicas, tudo foi corrigido e o show esquentou.

As pessoas demonstravam conhecer bem as letras das canções, fazendo coro. As músicas do primeiro álbum de Bárbara, "Journal de BAD", tinham recepção mais calorosa, mas mesmo aquelas que estão no recém-lançado "É Tudo que Temos" eram cantadas.

Bárbara encerrou a apresentação com um cover de "As Curvas da Estrada de Santos", de Roberto e Erasmo Carlos.

O final do show deu início a uma pequena procissão. Faltavam 20 minutos para as 16h, quando Céu começaria a cantar no palco 25 de Março.

Provando a grande intersecção dos públicos de duas jovens cantoras da chamada "nova MPB", cerca de 50 pessoas aplaudiram Bárbara e depois seguiram pelo viaduto Santa Ifigênia, rumo ao show de Céu.

Ao contrário da colega, ela cantou diante de uma multidão que lotava um quarteirão da 25 de Março. Um dos palcos de pior acesso na Virada, pelo fechamento de quase todas as entradas da estação São Bento do metrô, o 25 de Março receberia depois dela o cantor Otto.

Misturando o repertório de seus três álbuns, Céu priorizou o material mais dançante, opção acertada diante de um público que passava apertado e precisava se distrair. Com muitos fãs de carteirinha, que berravam seu nome a cada intervalo entre as músicas, Céu se soltou e agradou.


Endereço da página:

Links no texto: