Folha de S. Paulo


Ruído de gerador e intervalo curto entre sessões atrapalham programação de teatro

As apresentações teatrais realizadas pela Virada Cultural no palco montado na Praça Roosevelt estão perdendo qualidade por duas razões: o intervalo de meia hora entre uma peça e outra não é suficiente para as mudanças de cenário, e a luz do dia não permite que os projetos de iluminação originais sejam reproduzidos com fidelidade.

Com cenário montado às pressas e testes de som feitos em cima da hora, o espetáculo "A Descida do Monte Morgan", por exemplo, atrasou em 20 minutos o início de sua sessão, marcada para 12h30. O resultado, em cena, diz o ator Ary França, foi "uma versão" da montagem original, que está em cartaz no teatro Nair Bello.

Para ele, as condições oferecidas pela organização da Virada "são boas", principalmente porque "formam público". "Aqui, não vai ficar igual ao que apresentamos no teatro, é uma outra coisa, mas acho que pode ser tão bom quanto", disse à reportagem da Folha.

No entanto, até a qualidade do som do espetáculo foi prejudicada, principalmente porque um gerador de energia instalado ao lado do palco fazia ruído alto o bastante para superar a voz dos intérpretes.

A sessão, ainda assim, não foi mal de público. Reuniu pelo menos meia plateia ou cerca de duzentos espectadores.


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