Folha de S. Paulo


Falta de energia atrapalha venda de comida na Virada Cultural

No fim da manhã deste domingo (19), o público que foi ao Chefs de Rua, na avenida São Luís, ficou impaciente com a demora no atendimento --provocada por falta de energia elétrica. Já passavam das 11h20, e metade das barracas do evento gastronômico da Virada Cultural, aberto às 8h, ainda não haviam conseguido fazer ou esquentar seus pratos para vender. A energia só foi restabelecida ao meio-dia.

De acordo com Helber Gomes, geradorista da Prime, empresa encarregada de fornecer a energia para o evento, dos 150 metros de fios necessários, apenas 50 estavam disponíveis.

O gerador está no local desde a noite de sábado. "Isso aqui era para ser montado um dia antes", disse outro técnico, enquanto instalava os fios apressadamente, às 10h35. Segundo os técnicos, não há previsão de quando o problema será resolvido.

Questionado, Maurício Schuartz, produtor da KQi, empresa organizadora do evento, disse que o atraso na chegada dos equipamentos foi devido aos bloqueios de trânsito da Virada Cultural.

PREJUDICADOS

"Chegamos aqui às 3h45 e estamos até agora sem energia", disse Shamuel Shoel, 30, um dos donos da The Dog Haüs. Além de não conseguirem vender seus hot-dogs, correm o risco de perder os produtos, que são perecíveis. "O pão, por exemplo, precisa ser usado no mesmo dia em que é tirado da embalagem".

O restaurante Lá da Venda, da chef Heloisa Bacellar, está com o mesmo problema. "Nosso cardápio é voltado para o café da manhã, e sem energia não conseguimos preparar os quitutes", reclama Talita Vitorelli, 23, chef executiva da casa. "Na hora do almoço, o público vai procurar outras barracas".

Quem veio provar as quesadillas da chef Lourdes Hernández também saiu frustrado; foi mais um prato afetado pela falta de energia.


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