Folha de S. Paulo


Lionel Richie defende Michael Jackson de nova acusação de pedofilia

O cantor americano Lionel Richie, velho amigo de Michael Jackson, morto em 2009, disse nesta quinta-feira (9) que o novo processo por pedofilia contra o astro é uma "falácia", depois que o advogado do autor da denúncia chamou o "rei do pop" de "monstro".

Ao ser consultado pela imprensa hollywoodiana sobre o processo, aberto no início do mês, Lionel respondeu: "Por favor, não, isso é uma falácia".

O coreógrafo australiano Wade Robson entrou com uma ação alegando "abuso sexual infantil" por parte do cantor, apesar de ter testemunhado, num outro julgamento de Jackson por pedofilia, em 2005, que o astro jamais o tocou.

Fotomontagem
O cantor Lionel Richie (esq.) e Michael Jackson; os dois eram amigos
O cantor Lionel Richie (esq.) e Michael Jackson; os dois eram amigos

Na ação, os advogados de Robson, que passou uma temporada de sua adolescência no rancho Neverland de Michael Jackson, pedem que um juiz de Los Angeles lhes autorize a apresentar seu cliente como credor da herança do cantor.

"Michael Jackson era um monstro e, em seu coração, qualquer pessoa normal reconhece isso", disse o advogado Henry Gradstein, que representa Robson, em nota.

Robson "entrou em colapso pelo estresse e pelo trauma sexual causados pelo que aconteceu com ele durante sete anos de sua infância. Viveu com a lavagem cerebral de um pedófilo até que o peso dessa carga o esmagou", alegam seus advogados.

Jackson, que sofreu vários processos por acusações de pedofilia, foi absolvido de todos eles em um julgamento em 2005. No entanto, sua carreira nunca mais se recuperou.

Segundo Gradstein, Michael Jackson teria dito a Robson que se alguém descobrisse o que fizeram, os dois "iriam para a prisão pelo resto de suas vidas".

"Esse tipo de intimidação é tragicamente típico e efetivo, porque mantém as crianças caladas", criticou Gradstein.

Em resposta à nova ação, Howard Weitzman, um dos advogados dos testamenteiros de Michael Jackson, que administram seu patrimônio, disse que a acusação de Robson é "patética".

"É um jovem que testemunhou em duas ocasiões, sob juramento, nos últimos 20 anos e disse em inúmeras entrevistas que Michael Jackson nunca havia lhe feito nada inapropriado", argumentou.

"Agora, quase quatro anos depois da morte de Michael, criam essa triste e inverossímil acusação. Estamos certos de que o tribunal a verá como ela é", acrescentou o advogado de defesa.


Endereço da página: