O bailarino Pavel Dmitrichenko, principal suspeito de coordenar o ataque com ácido ao diretor artístico do Bolshoi, Sergei Filin, teve seu pedido de liberdade provisória negado.
Segundo a agência de notícias AFP, a juíza Natalia Konovalova atendeu aos procuradores, que argumentaram que, posto em liberdade, Dmitrichenko poderia tentar pressionar os demais envolvidos na investigação.
O solista do Bolshoi, uma das mais famosas companhias de dança do mundo, é suspeito de comandar o ataque a Filin, que foi agredido com ácido no rosto no dia 17 de janeiro, em Moscou, chegando a correr o risco de perder a visão.
De nada serviu que a advogada de defesa, Violetta Volkova, garantisse em tribunal que um grupo de 30 artistas, entre eles muitos bailarinos, estaria disposto a se responsabilizar pela conduta de Dmitrichenko. Os 513 mil rublos (R$ 32,6 mil) que reuniram para pagar a caução também não convenceram Konovalova a libertar o bailarino.
Pavel Dmitrichenko, que pode pegar uma pena de 12 anos de prisão, foi acusado em março, assim como o executante do crime, Yuri Zarutsky, e um motorista, Andrei Lipatov.
Na ocasião, as emissoras de TV russas mostraram imagens em que o bailarino admitia à polícia que organizara o ataque, mas que nunca esperara que fosse tão longe. Os outros dois envolvidos também confessaram e também continuam presos.
Quando Dmitrichenko foi posto em prisão preventiva, mais de 300 artistas uniram-se para pedir ao presidente Vladimir Putin um inquérito imparcial, denunciando como "precipitado" o processo movido contra o solista, uma das estrelas da companhia.
Filin passou por uma série de intervenções cirúrgicas e continua em tratamento na Alemanha, mas os médicos dizem que os riscos de perda de visão são mínimos.
O julgamento começa na próxima quinta-feira (18), em Moscou.
| AFP | ||
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| O ex-bailarino Dmitrichenko, que teria planejado o ataque ao diretor artístico do Bolshoi com ácido; ele foi detido no início de março |
Com agências de notícias