Folha de S. Paulo


Paralamas comentam seus maiores sucessos; veja datas da turnê

Para a Folha, os Paralamas aceitaram o desafio de resumir seus 30 anos em 30 músicas.

Paralamas celebram 30 anos de carreira com turnê com sons que influenciaram a banda

Leia o que a banda tem a dizer sobre alguns de seus maiores sucessos.

Daniel Marenco/Folhapress
Da esq. para a dir.: João Barone, Bi Ribeiro e Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso
Da esq. para a dir.: João Barone, Bi Ribeiro e Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso

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30 ANOS, 30 CANÇÕES
Os Paralamas comentam músicas marcantes de sua carreira

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"Vital e sua Moto" ("Cinema Mudo", 1983)
Herbert: "O Vital era um amigo nosso de escola, eu e o Bi estudávamos em um curso pré-vestibular, ele era daquela turma da batucada no fundo. Era completamente obcecado por motocicleta mesmo, só falava nisso. Lá pelas tantas, me ocorreu um rabisco bem impressionista daquele momento do cara.
A gente chegou a tentar convencer ele a comprar uma bateria, ele batucava bem no fundo da sala. Mas aí ele comprou uma coisa de oitava mão e obviamente não tinha nenhum talento natural para a música."
Barone: "O contexto, na época em que o Herbert fez, era de uma crônica urbana. Naquela época 'Eu Sou Boy' [do Magazine] já era hit, 'Você Não Soube me Amar' [da Blitz] também, acho que o Herbert pegou um pouco do que estava no ar, essa coisa da crônica urbana, a voz do adolescente."
Bi: "Foi uma das nossas primeiras composições, e a primeira a tocar no rádio, o primeiro compacto, a primeira em tudo."

"Cinema Mudo" ("Cinema Mudo", 1983)
Bi: "Ela deu nome ao nosso primeiro disco porque era o melhor que nós tínhamos entre as do álbum."
Barone: "Essa música foi composta pelo Herbert num estalo, quando estávamos arranjando assunto para um LP. A gente explorou bem o negócio do ska, da new wave inglesa, que nos influenciou pra caramba. A gente apostou tudo nessa música para simbolizar o trabalho todo."

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"Química" ("Cinema Mudo", 1983)
Barone: "É a primeira música do Renato [Russo] que a gente gravou."
Herbert: "Quando eu era um pouco mais novo, em Brasília, tinha um amigo de escola que me falou de um primo que era completamente obcecado por guitarra, como eu. Ele morava num prédio numa quadra vizinha à nossa. Eventualmente eu fui conhecê-lo, inicialmente só chamava o Renato de Manfredo, porque o nome dele era Renato Manfredini Júnior. Dialogava muito com ele, a gente tocava violão pra lá e pra cá, quando vim pro Rio me ocorreu essa ideia de usar uma música dele. Ele mandou um cassete em que cantava essa canção."
Barone: "Já tinha todo esse imaginário do que estava rolando em Brasília, capitaneado pelo Renato, e que ninguém conhecia. A gente tocava uma outra música da Legião nos nossos shows, 'Ainda É Cedo'. E aí achamos que 'Química' era legal, uma outra face dos Paralamas, mais ácida."

"Óculos" ("O Passo do Lui", 1984)
Barone: "Foi a que apresentou a gente para o Brasil inteiro. 'Vital' era uma coisa meio do eixo Rio-São Paulo, a gente fazendo shows nas danceterias, 83/84, antes do Rock in Rio."
Bi: "É um pouco a história de como a gente chegou aqui no Rio e se viu meio desenturmados, deslocados, só conhecíamos um ao outro. A gente pegava onda junto, tocava juntos, custou muito para nos enturmarmos. 'Óculos' é essa história de ser diferente."
Herbert: "É um clamor por atenção mesmo, de carência."

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"Meu Erro" ("O Passo do Lui", 1984)
Herbert: "Foi um registro bastante direto e dolorido do final de um romance no início do meu estágio universitário. Como eu sou muito 'fotonovelesco' com essas coisas emocionais, acabei fazendo essa crônica."
Bi: "A gente chamou o Lulu [Santos], que era nosso guru, para ir no estúdio ver como estava saindo o segundo disco. Ele falou que essa música precisava de um refrão, mas a gente deixou sem mesmo, e funcionou."

"Romance Ideal" ("O Passo do Lui", 1984)
Barone: "Com 'Meu Erro' e 'Romance Ideal', o Herbert começou a sofisticar um pouco o discurso. A gente estava sempre querendo falar de coisas engraçadas ou contundentes, por causa dessa necessidade de transgressão, e o Herbert viu que também podia falar de amor de uma maneira interessante, assim meio Elvis Costello."
Bi: "A gente fez uma demo no estúdio, antes de gravar o disco, e depois não conseguimos regravar tão bem, então ficou a demo mesmo."

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"Ska" ("O Passo do Lui", 1984)
Barone: "[A letra] É um desenvolvimento dessa vivência do amor ácido."
Herbert: "Com aquela coisa 2Tone, de ouvir muito Specials, Madness, The Beat, eu comecei a ter acesso a algumas coisas jamaicanas de ska."
Bi: "A gente quase usou ela para dar nome ao disco."

"Alagados" ("Selvagem?", 1986)
Herbert: "Se a gente conseguisse chegar a um acordo sobre nossas três principais canções, essa seria uma delas. É uma decorrência do fato de que eu lia muito Jorge Amado e, quando estudava no Fundão [um dos campus da UFRJ, no Rio], todos os dias eu cruzava de ônibus a zona da favela da Maré. Lendo Jorge Amado descrever as classes trabalhadoras, os pescadores da Bahia, me veio a sintonia com a coisa da palafita."
Bi: "Alagados é uma favela em cima de palafitas, na Bahia. Como Trenchtown [na Jamaica, onde Bob Marley foi criado]."
Herbert: "Eu tinha lido a biografia do Bob Marley nessa época, juntei os três elementos no refrão de uma canção."
Bi: "Foi a música que levou a gente pra fora, pra Argentina."

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"A Novidade" ("Selvagem?", 1986)
Bi: "A gente estava com o 'Selvagem?' todo fechado, menos essa canção, que tinha a música, mas não tinha letra."
Herbert: "Estávamos gravando com o Liminha, que era sócio do Gil no estúdio Nas Nuvens. Eventualmente, esbarrando com o Gil, falamos disso para ele e demos uma cópia [da música] em cassete."
Bi: "O interessante foi o seguinte: a gente mandou o cassete, ele pegou o negócio de manhã, em Florianópolis, e à tarde já ligou com a letra inteira."

"Selvagem" ("Selvagem?", 1986)
Barone: "Ela é um exercício de 'heavy reggae'. Eu e Bi começamos fazendo o 'groove' e a gente se inspirava muito no Black Uhuru, uma banda de reggae em que o Sly Dunbar e o Robbie Shakespeare tocavam, e o Linton Kwesi Johnson, um poeta e rapper jamaicano. Foi uma tentativa de chegar perto do que eles faziam."
Bi: "O nome e a capa vieram antes do disco. A gente falou, 'o próximo disco vai ser essa foto aqui, o que isso parece? Parece um selvagem?"
Barone: "A foto ficava na parede do estúdio da vovó Ondina [avó de Bi, na casa da qual o grupo ensaiava no início da carreira]."
Herbert: "Era uma fotozinha de Instamatic que tinha sido feita num terreno em Brasília, com um irmão mais novo do Bi transvestido como aborígene, extraterrestre, o que quer que fosse. A gente, rindo dos clichês do mundo da música, que estávamos tentando romper, pensamos que podíamos usar aquela foto na capa."
Bi: "Era transgressão e, mais uma vez, foi por eliminação. A gente fez as músicas e essa não tinha nome. O disco já se chamava 'Selvagem?', então colocamos na música."

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"Será que Vai Chover?" ("D", 1987)
Bi: "Ela tinha sido composta entre um disco e outro."
Barone: "E a ideia era botar ao menos uma música inédita no show [no Festival de Montreaux, na Suíça, do qual saiu o disco ao vivo]."

"Uns Dias" ("Bora Bora", 1988)
Herbert: "Nessa época, eu e Bi fazíamos competições para ver quem conseguia virar mais saquê, e chamávamos essas noitadas de expresso do oriente. Como decorrência disso comecei a dizer outras coisas sobre a vivência do aprendizado."
Bi: "'Eu quis te matar' não é algo que se fala toda hora em uma música, é forte."

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"O Beco" ("Bora Bora", 1988)
Bi: "A gente começou pelo riff, eu e Herbert fizemos. A gente sempre gostou de banda grande, de metais, mas no começo não conhecíamos ninguém para tocar, então começamos com três e fomos agregando aos poucos."
Herbert: "[A letra] era alguma coisa de lembranças de quando eu ainda morava com meus pais em Copacabana, quando eventualmente ouvia a chegada da polícia, gritaria, aquele quadro tão habitual."
Bi: "E fala sobre como você se acostuma com a violência, como passa a achar aquilo banal."
Barone: "[cita a letra:] 'Nada mais me deixa chocado'."

"Quase um Segundo" ("Bora Bora", 1988)
Herbert: "É uma música bem direta sobre a dor de um final de romance, quando a porta é batida para você, quando você se sente ignorado e desprezado, colocando seu coração na mesa de negociações e uma pessoa virando as costas para você e sai batendo a porta. Essa música é decorrência disso."
Barone: "E tem o [artista argentino] Charly Garcia no piano."

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"Perplexo" ("Big Bang", 1989)
Herbert: "Ela é um retrato da perplexidade com as transformações sociais que a gente vivia no Brasil naquele período. Imaginar a reação do grande percentual de brasileiros não educados diante das mudanças de nome da moeda, as mudanças de valores, tudo era virado do avesso."
Barone: "Tem essa coisa da autoafirmação, `eu sou Maguila, não sou Tyson', é um verso genial."
Bi: "Na nossa cabeça, esse disco é bem influenciado pelas coisas da Bahia, misturadas com reggae. A gente até regravou 'Jubiabá' [do cantor Gerônimo]"

"Pólvora" ("Big Bang", 1989)
Herbert: "É um quadro impressionista, uma descrição de coisas do dia a dia na cidade, para as quais você acaba ficando anestesiado."
Barone: "Tem uma música irmã dela nesse disco, 'Bang Bang', que explora mais ainda isso. Ela foi feita quando o Herbert ficou preso num engarrafamento perto da Rocinha, por causa de um tiroteio. Esses choques da violência do dia a dia eram muito frequentes."

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"Lanterna dos Afogados" ("Big Bang", 1989)
Barone: "É uma balada e tanto, o Herbert acertou na veia. O clima dela é muito soturno."
Herbert: "É uma constatação da solidão e do silêncio escuro no entorno da pessoa solitária. Mencionava uma das coisas que eu li naquele momento, um livro do Jorge Amado que tinha o nome daquele bar, achei muito criativo.º
Barone: "A Lanterna dos Afogados era onde os infelizes iam afogar as mágoas."
Bi: "Ela tem um solo [de guitarra] daqueles que você não esquece."
Herbert: "Nesse solo, durante os shows, eu fico olho no olho com o [tecladista] João Fera, na metade final do solo eu repito n vezes a mesma nota, ele vem me acompanhando com movimentos de cabeça e, quando eu resolvo o solo, o sorriso que ele dá e os sinais de positivo que ele faz são muito bonitos."

"Caleidoscópio" ("Arquivo", 1990)
Bi: "Foi a Dulce [Quental] que gravou, o Herbert compôs e produziu aquela faixa para ela. A gente decidiu gravar porque a música era muito boa, fizemos um arranjo bem diferente."
Barone: "Essa música é da família daquelas coisas do Elvis Costello e do Squeeze, que o Herbert sempre gostava muito de usar como referência."
Herbert: "A gente achou essa mordida mais 'bluesy' para ela e viajamos muito."

"Tendo a Lua" ("Os Grãos", 1991)
Bi: "O Herbert achou um bilhete que uma ex-namorada tinha dado para ele e que era o refrão. É a Tetê [Tillett], amiga nossa até hoje e co-autora, está creditada."
Herbert: "Num daqueles momentos em que estava arrumando as coisas em casa, encontrei esse bilhete que tinha as frases do refrão, aí comecei a viajar em torno disso."

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"Trac-Trac" ("Os Grãos", 1991)
Barone: "Foi a primeira música que a gente gravou de 'Os Grãos'. A versão original é uma música maluca do Fito [Páez]. A gente deu um formato pop para uma música sem formato do Fito, que já era muito boa."
Herbert: "Eu mantive o refrão na língua original, e isso acabou, de certa maneira, sendo um dos elementos que abriram muitas portas no mercado latino para a gente. Acabou chegando na Argentina de uma maneira muito bonita."

"Dos Margaritas" ("Severino", 1994)
Bi: "Esse foi nosso disco que vendeu menos aqui."
Barone: "E o que vendeu mais no exterior, onde se chamava 'Dos Margaritas'. É um discurso no qual o Herbert fez questão de enfiar algumas coisas até por conta dessa nossa entrada na cena pop latina, então ele fala 'se o Charly [Garcia, músico argentino, amigo da banda] escrevesse a Constituição'."
Bi: "Nessa época a gente já estava compondo em espanhol, fazia versão em português e espanhol naturalmente."

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"Uma Brasileira" ("Vamo Batê Lata", 1995)
Barone: "Essa música representou a renovação dos fãs, na época. Parecia que a gente tinha trocado o couro. Ao mesmo tempo que tinha o [Carlinhos] Brown na parceria, o Herbert ainda chamou o Djavan para gravar com a gente, era um 'dream team' da música."
Herbert: "A gente batia muita bola com o Brown, tocava violão, conversava muito. Ele começou a me mostrar os primeiros acordes dessa ideia, e o que ele tinha no refrão era alguma coisa que eu só consegui articular em palavras com o 'one more time'. Tentei chegar o mais próximo das sonoridades que ele tinha emitido inicialmente, buscando palavras que tivessem aquela dinâmica."
Barone: "Depois de 'Alagados', essa é a música dos Paralamas mais lembrada no exterior."

"Saber Amar" ("Vamo Batê Lata", 1995)
Herbert: "Vem da reflexão e da tentativa de aprendizado, quando você vai, com muitos tropeços, na busca do sonho do amor."
Barone: "O Herbert atribui a inspiração da letra ao Bi, ao que ele estava vivenciando na época. E o Charly [Garcia] tocou piano maravilhosamente."

"Luis Inácio (300 Picaretas)" ("Vamo Batê Lata", 1995)
Bi: "Essa deu problema, rendeu processo."
Barone: "Teve um quiproquó uma vez em que fomos tocar em Brasília. O disco já tinha saído, mas a gente nem tocava essa música ainda. Aí chegou um oficial de justiça com um mandado de segurança."
Bi: "Um deputado que era contra os que são citados na letra leu ela na Câmara. Aí os caras ficaram revoltados, e a gente foi tocar em Brasília logo no fim de semana seguinte."
Barone: "O Herbert falou para o público: 'A gente foi proibido de tocar uma música aqui, o que é uma tentativa de censura, e só não vamos tocar porque não ensaiamos, mas vamos ensaiar para voltar e tocar'."
Herbert: "Muito tempo depois, a gente tocando na Paraíba, a filha de um dos caras que eu menciono fez chegar a mim um comunicado avisando que, se a gente cantasse e mencionasse o nome do pai dela, ia ter um final de noite muito longo, uma coisa policial mesmo, por conta da ofensa."
Barone: "Essa música era uma crônica daquele momento, mas, hoje em dia, depois que teve toda essa situação que envolveu o governo do Lula, todo mundo fala 'pois é, ainda estão lá os 300 picaretas'."

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"Lourinha Bombril" ("Nove Luas", 1996)
Bi: "É a versão de uma música do Los Pericos. A letra não tem nada a ver com a original."
Barone: "Foi um grande hit nos estertores da indústria fonográfica. Lembro que estávamos fazendo a promoção do 'Vamo Batê Lata' e o Herbert já tava com essa música. Temos aí, para nos respaldar, ao menos duas músicas de artistas argentinos que emplacamos no país."

"La Bella Luna" ("Nove Luas", 1996)
Bi: "Virou até sucesso sertanejo, teve dupla que regravou e tocou por aí. É inspirada no filme 'Feitiço da Lua' [1987]. Várias músicas da gente têm isso, 'Bora Bora' também, é inspirada em 'O Fundo do Coração' [1982]. Tem vários filmes que influenciaram."

"Outra Beleza" ("Nove Luas", 1996)
Barone: "É uma parceria do Herbert com o Lulu [Santos], uma tentativa muito interessante de misturar música latina com samba."
Bi: "A história vem daquele ditado, 'beleza não põe mesa'."
Herbert: "A Lucy [mulher do cantor, morta no acidente de ultraleve que o deixou em cadeira de rodas, em 2001] era tão à parte do clichê nacional de beleza, eram outras referências, outra estética, que tinha me causado muito encanto, mas que não seria vista como beleza em nenhum nível, no Brasil. Essa música foi uma decorrência disso."

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"Ela Disse Adeus" ("Hey Na Na", 1998)
Barone: "É a música com o clipe mais lembrado da história do Brasil."
Herbert: "Meu irmão mais novo sempre foi supertravado e não conseguia se relacionar com as pessoas. A primeira namorada que ele teve, no início da juventude, era muito parte da nossa casa, a família adotou. Num determinado momento ela bateu a porta e se foi, eu fiz como uma crônica a partir de um terceiro ponto de vista."

"O Calibre" ("Longo Caminho", 2002)
Bi: "A gente estava começando a burilar esse disco, o 'Longo Caminho', antes do acidente [de Herbert, em 2001], pensava em fazer um disco de trio, estávamos nesse caminho de fazer músicas com riff de guitarra, como essa."

"Cuide Bem do seu Amor" ("Longo Caminho", 2002)
Herbert: "Mais uma dessas tentativas de aprendizado a respeito do código afetivo entre as pessoas. Era a maneira mais direta que eu encontrei para manifestar esse sentimento e mandar uma mensagem."
p(star). *

AOS MESTRES, COM CARINHO
Veja as homenagens no repertório da turnê

"Selvagem" + "Polícia" (Titãs)
"Whole Lotta Love" (Led Zeppelin) + "O Calibre"
"Busca Vida" + "Won't Get Fooled Again" (The Who)
"Me Liga" + "Como uma Onda" (Lulu Santos)
"Hablando a tu Corazón" (Charly Garcia)
"Don't Stand so Close to Me" + "Vital" + "De Do Do Do, De Da Da Da" (The Police)
"Que País É Este" (Legião Urbana)

Mauricio Valladares/Divulgação
A banda carioca Paralamas do Sucesso celebra 30 anos de carreira com show no dia 20/4 no Espaço das Américas
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