Folha de S. Paulo


Crítica: Mais aguardado do festival, Pearl Jam guarda hits para final

Tal qual craque veterano que abrilhanta a escalação, o Pearl Jam mostrou ontem que seu poder de atração segue intacto (foi o único dia em ingressos se esgotaram) e que o repertório ainda funciona.

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Depois de um breve "oi, São Paulo" de Eddie Vedder, a banda abriu o show com a balada "Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town", uma das prediletas dos fãs. Daí em diante, o ritmo se aceleraria, com canções do início da carreira, como "Why Go" e "Corduroy".

Com duas décadas de músicas na bagagem, o quinteto americano preferiu concentrar os rocks rápidos e menos conhecidos na primeira parte do show, deixando para o bis a sequência de sucessos que faz o público cantar e ir embora satisfeito.

"Vocês parecem ótimos, mas estão todos seguros?", perguntou Vedder. Nem todos: o aperto nas áreas próximas ao palco facilitou a ação de batedores de carteiras e de telefones celulares.

A primeira hora de show teve poucos momentos populares: "Even Flow", "Daughter", com breve citação da ótima "W.M.A.", e "Rear View Mirror" foram os destaques.

No apoteótico bis, o PJ mostrou seus clássicos para coral coletivo: "Betterman", "Black", "Alive". Houve também espaço o notório ativismo político da banda.

"Nos EUA, essa foi uma grande semana para os direitos humanos e para a comunidade gay", disse Vedder, lendo em português. "Parabéns, São Paulo,
por respeitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo", disse ele, sobre a união civil estável.

A terceira passagem do Pearl Jam pelo Brasil não foi a mais memorável, mas mostrou que a banda ainda é um investimento seguro -tanto para os organizadores de shows quanto para o público.


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