A banda britânica Foals se apresentou hoje à tarde no festival Lollapalooza Brasil sob o signo do "hype". Aclamado na Europa e nos EUA como a grande banda do ano, o grupo fez uma apresentação apenas correta, sem grandes arroubos.
Sob a liderança de Yannis Philippakis, vocalista e guitarrista, o grupo apresentou canções que alicerçaram o sucesso que fazem atualmente, como "Late Night", "Blue Blood", "Spanish Sahara" e "Two Steps, Twice" (a que fechou o show).
Se não faltam críticas especializadas levantando a bola da banda (nem faltou público para vê-la no Lolla), faltou uma performance marcante. O Foals parece estar num meio caminho entre a falta de traquejo indie e o completo domínio das grandes platéias.
É inegável também como tornou o próprio som mais palatável, melódico e um tanto dançante, como mostrou a segunda metade da apresentação, mais empolgante.
De resto, ficou a impressão de que o "hype" existe de fato (bastou ver a quantidade até surpreendente de gente cantando suas canções) e outra mais forte ainda: a de que está apenas reciclando cacoetes de bandas indies em um inevitável processo de "coldplayzação", quando vão tocar para cada vez mais gente e fazer música cada vez menos relevante.
Para divertir o público num meio de tarde de festival, deu para o gasto.