Folha de S. Paulo


Australianos do Temper Trap não conseguem fazer show decolar

É difícil para uma banda de um hit só satisfazer uma grande plateia em festival. No caso dos australianos do Temper Trap, seu show demorou a decolar.

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Quando chegou seu música mais conhecida, "Sweet Disposition", ao final da apresentação, a banda contou com a volta do sol para animar um pouco o público, mas não bastou.

Não que o grupo seja desinteressante ao vivo, mas é evidentemente uma "banda de músicos". Explicando melhor: bons instrumentistas, mas preocupados com a técnica e pouco dispostos a criar empatia com a plateia.

O guitarrista Lorenzo Sillitto e o baixista Jonathon Aherne ficam concentrados no palco, com expressão fechada, numa viagem musical solitária. Mas o som que fazem não é exatamente feito para incentivar o público a pular ou dançar. Os dois se perdem em solos, que só atraem quem eventualmente toque guitarra e compreenda a complexidade do que eles executam.

O vocalista Dougy Mandagi também é "denso", faz caretas enquanto usa a voz educada para esbarrar no falsete e exibir sua extensão vocal. Bem que ele tenta estabelecer uma conexão com os fãs, chegando a descer do palco para encontrá-los.

Mas, com exceção de um outro número mais animado, como "Science of Fear", o Temper Trap não esquentou a plateia. E ainda perdeu na comparação com o show anterior na tarde, uma animada apresentação dos islandeses do Of Monsters and Men.

Editoria de Arte/Folhapress

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