Folha de S. Paulo


Autora de "Persépolis" reclama que livro foi banido em escolas dos EUA

A quadrinista iraniana Marjane Satrapi denunciou que sua graphic novel mais famosa, "Persépolis", havia sido confiscada das escolas públicas de Chicago, nos Estados Unidos, em uma ação que ela chamou de "ditatorial".

No último dia 15, as bibliotecas escolares da cidade foram informadas que deveriam devolver todos os exemplares do livro, que narra a adolescência de Satrapi, durante e pouco depois da Revolução Iraniana.

O Chicago Public Schools, órgão responsável pela administração das escolas, disse mais tarde que a orientação era de apenas recolher o livro dos estudantes do segundo ano primário e não das bibliotecas, por conter "imagens não apropriadas".

Após a reclamação pública da autora, a entidade disse que estuda incluir o livro em seu currículo escolar, para séries mais avançadas. "Gostaríamos de ajudar a divulgar essa mensagem sobre luta por direitos humanos. Só queremos garantir que, quando pusermos este livro nas mãos dos estudantes, eles terão maturidade para compreender a importância histórica daquele relato."

A Associação de Bibliotecas dos Estados Unidos disse que a remoção do livro representaria uma violação do direito à informação.

Divulgação
Cena da animação
Cena da animação "Persépolis", de 2007, baseada na graphic novel da artista iraniana Marjane Satrapi

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