O cineasta espanhol Pedro Almodóvar, 63, apresentou nesta quinta-feira (14), em Roma, seu mais recente filme, "Os Amantes Passageiros", e aproveitou para aconselhar o novo papa, Francisco, a aceitar outras formas de casamento e abolir o celibato na igreja.
Almodóvar disse que a Igreja Católica, antes da eleição do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio na última quarta-feira (13), havia "ficado para trás" em relação aos direitos das mulheres, por exemplo. "Há muitas instituições e muitas culturas que denigrem as mulheres, mas há muita gente que acredita que a igreja é uma instituição que não percebeu o papel que as mulheres desempenham na sociedade."
O cineasta disse ainda considerar o celibato um dos grandes males da Igreja Católica. "O novo papa deve abolir o celibato e aceitar todas as formas de amor. Isso acabaria com grandes males da igreja, como os escândalos sexuais, e aproximaria padres e freiras da realidades dos fiéis", acrescentou.
Almodóvar comentou também as acusações sobre o suposto envolvimento do novo papa com a ditadura militar argentina (1976-1983). "Quanto ao futuro, ainda não podemos falar, porque nós não sabemos, mas é claro, este homem tem passado. Todos nós temos um passado, o papa também. O seu grande desafio como papa será tornar a igreja mais contemporânea, uma igreja que represente a própria vida."
| Guillaume Horcajuelo/Efe | ||
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| O diretor espanhol Pedro Almodóvar |