Folha de S. Paulo


Eu poderia escrever que ETs mataram Bin Laden, diz roteirista de "A Hora Mais Escura"

Mark Boal, roteirista do longa "A Hora Mais Escura", indicado ao Oscar deste ano, voltou a defender o filme das críticas duras que tem sofrido nos Estados Unidos.

O filme retrata a caçada ao terrorista Osama bin Laden e gerou protestos de políticos americanos por conter cenas de tortura.

Para alguns senadores republicanos, o filme é "grosseiramente impreciso" sobre os fatos reais que levaram o governo americano a encontrar Bin Laden. Atualmente, o filme está sob investigação oficial do Senado americano para apurar se houve vazamento de informações da inteligência do país.

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Indicado ao Oscar de melhor filme e atriz (Jessica Chastain), o filme
Indicado ao Oscar de melhor filme e atriz (Jessica Chastain), o filme "A Hora Mais Escura" narra a caçada dos EUA a Osama bin Laden, após os atentados de 11 de setembro

"É meu direito, se eu acreditar com firmeza que Bin Laden foi morto por alienígenas, de retratar isso", disse Boal em entrevista ao "The Wall Street Journal", defendendo sua liberdade de expressão.

"Eu deveria poder colocar lá, 'isso é 100% verdadeiro e quem questionar, é porque também foi abduzido por aliens', sem precisar de uma investigação do Senado para descobrir porque eu acho isso. Certo? Nesse país, isso não é legítimo?"

Para o roteirista, o filme está sendo usado de maneira "publicitária" pelos políticos dos EUA.

Entre os defensores de "A Hora Mais Escura", estão o polêmico documentarista Michael Moore, uma ONG de familiares das vítimas dos ataques de 11 de setembro e a presidente da Sony, responsável pela distribuição do filme, Amy Pascal.


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