Folha de S. Paulo


Preterida no Oscar, Kathryn Bigelow lidera bilheterias com "A Hora Mais Escura"

"A Hora Mais Escura", narrativa hollywoodiana acerca dos dez anos de caçada a Osama bin Laden, assumiu no fim de semana a liderança das bilheterias de cinema na América do Norte, faturando US$ 24 milhões (R$ 48,8 milhões) nos EUA e Canadá.

O filme, com Jessica Chastain no papel de uma agente da CIA, desbancou a concorrência da paródia de terror "Inatividade Paranormal" e do policial de época "Caça aos Gângsteres", que faturaram, respectivamente, US$ 18,8 e 16,7 milhões (ou R$ 38,2 e R$ 33,9 milhões).

"A Hora Mais Escura", um filme marcado por polêmicas políticas, recebeu nesta semana o impulso de cinco indicações ao Oscar, incluindo para melhor filme. Mas a cineasta Kathryn Bigelow foi excluída da disputa ao prêmio de direção.

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Cena do filme "A Hora Mais Escura"
Cena do filme "A Hora Mais Escura"

O filme faz um relato dramatizado da caçada ao fundador da rede Al Qaeda e da ação militar norte-americana que resultou na morte de Bin Laden, em maio de 2011, no Paquistão. Alguns críticos disseram que a obra promove o uso da tortura, ao mostrar agressivas técnicas de interrogatórios de suspeitos.

Bigelow e o roteirista Mark Boal argumentaram que várias técnicas investigativas são mostradas no filme, sem apontar nenhuma delas como tendo sido decisiva em localizar Bin Laden. Amy Pascal, presidente do estúdio Sony Pictures, declarou na última sexta-feira (11) que o filme "não advoga a tortura".

"A Hora Mais Escura" chegou no fim de semana a quase 3.000 cinemas dos EUA, depois de ter um lançamento limitado em dezembro. O site Hollywood.com diz que a produção custou R$ 40 milhões (o mesmo que R$ 81,3 milhões).


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