Folha de S. Paulo


Fiasco do Brasil na Copa faz indústria evitar brinquedos da Olimpíada

Divulgação
Banco Imobiliário temático do Rio de Janeiro, que não faz menção à Olimpíada
Banco Imobiliário temático do Rio de Janeiro, que não faz menção à Olimpíada

Apesar de 2016 ser o ano em que ocorrerá a primeira Olimpíada no Brasil, a expectativa pelos jogos ainda está fraca no país. Tanto que os brinquedos que chegarão às prateleiras ao longo dos próximos meses não terão o evento como tema.

Pelo menos é o que se viu durante a 33ª edição da Abrin, maior feira de brinquedos da América Latina. No evento, que começou na terça-feira (5) e vai até sexta (8), fabricantes apresentaram seus principais lançamentos para 2016 (veja na galeria abaixo).

Mas, ao contrário do que aconteceu em 2014, quando a Copa do Mundo, o futebol e o verde amarelo da torcida brasileira inspiraram muitos brinquedos, as marcas não apostaram em produtos temáticos sobre os Jogos Olímpicos, que terão início no dia 5 de agosto, no Rio.

"O ano de Copa do Mundo não foi bom para a indústria. As lojas sobraram com Fuleco para cinco Copas seguidas", explica Rick Candi, diretor comercial da Sunny Brinquedos, fazendo referência ao tatu-bola que foi mascote da Copa-2014.

A Sunny, que é revendedora oficial da Playmobil no Brasil, até fez um kit que remete a esportes olímpicos, como judô, ginástica e natação. Mas as mesmas peças –que custam R$ 19,90 cada uma – já haviam sido lançadas nos jogos de Londres, em 2012.

Para Aires Fernandes, diretor de marketing da Estrela, o baixo índice de venda dos produtos da Copa foi ocasionado, em parte, pela eliminação decepcionante da seleção brasileira na competição e pelo trauma do 7 x 1 na derrota para a Alemanha.

"Como o resultado da Copa não foi positivo, as vendas deram uma recuada. Quando o tema é esporte, ficamos muito dependentes dos resultados. É um risco", afirma Fernandes.

Dona do conhecido Banco Imobiliário, a Estrela lançou uma edição temática sobre o Rio de Janeiro –mas sem nenhuma relação direta com esportes. "A ideia é que seja atemporal e continue fazendo sentido mesmo após as Olimpíadas", diz o diretor da empresa.


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