Folha de S. Paulo


Livros ficam sem graça quando viram filmes, diz nova colunista da 'Folhinha'

Clarice Werneck Barcinski, 10, gosta mais de livros do que de filmes —tanto que nem se lembra do último que viu no cinema.

Para ela, os personagens ficam "sem graça" na telona. "Quando fui ver 'Percy Jackson' no cinema, fiquei espantada. Não imaginava os personagens daquele jeito", conta a menina.

Engraçado para uma menina que é filha do cineasta Philippe Barcinski, que participou de produções infantis como "Castelo Rá-Tim-Bum" e "Que Monstro Te Mordeu?", ainda exibido na TV Cultura.

"Ele sempre explica para mim como se faz um filme. É impressionante ver cenas que duram só 15 segundos levarem horas para serem gravadas", conta.

Sobre seus livros favoritos, Clarice acha que o "mundo inteiro" deveria ler "Extraordinário", de R.J. Palacio. Na história, o menino Auggie tem uma síndrome genética e precisa convencer seus colegas da escola que é igual aos outros, apesar da aparência incomum.

O último livro que leu, "O Menino da Lista de Schindler", também é bastante intenso. Conta a história autobiográfica de Leon Leyson, que estava na famosa lista do empresário Oskar Schindler, que salvou a vida de milhares de judeus. Essa história foi mantida em segredo por anos, explica Clarice. "Ele achou que não era interessante. Depois que o filme (A Lista de Schinder, 1993) fez sucesso, ele resolveu publicar".

COMO PARTICIPAR

Em uma das colunas que serão publicadas na "Folhinha", Clarice fala de como a sua geração lida com a internet. "Tudo ficou mais fácil. Você procura na internet e acha o que quiser. Eu não sei como faria sem", diz. Apesar disso, ela não lê nenhum livro pelo computador ou celular. "Gosto do cheiro do papel".

Se você também quiser ser um colunista do caderno, é só mandar um texto de mil caracteres para folhinha@uol.com.br, com nome, idade e "Ideias..." na linha de assunto.

O autor muda a cada mês e deve ter até 12 anos. O conteúdo é livre, você pode falar sobre o seu dia a dia na escola, brincadeiras, games e outros temas.

Clarice dá uma dica que considera essencial para os próximos colunistas: não enviar o texto assim que terminar. A jovem diz que é preciso reler o que escreveu várias vezes, porque podem aparecer ideias melhores. "Quando eu estava sem saber o que escrever, ia fazer outra coisa e voltava depois. Sempre ajudava".


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