Folha de S. Paulo


Livro usa arqueologia para contar histórias de pessoas que já morreram

Você é do tipo que tem calafrios só de pensar em gente morta? Independentemente do seu gosto, o fato é que dá para aprender muita coisa estudando como as pessoas costumavam lidar com os mortos.

Esse é o tema do livro "Descobrindo a Arqueologia", que mistura informações e imagens sobre enterros desde a Idade da Pedra até poucas décadas atrás, de um lado, e conversas entre um avô arqueólogo e seus netos, de outro –bate-papo que ajuda a entender melhor o significado de cada defunto e de sua vida.

Divulgação
ilustração do livro Descobrindo a arqueologia ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***

É, eu sei que parece estranho falar de "defunto" e "vida" na mesma frase, mas a maneira de enterrar alguém diz muito. O esqueleto achado na cova, por exemplo, traz pistas sobre a idade da pessoa, o que ela comia, doenças que teve e até sobre sua família (é só estudar o DNA nos ossos, se é que sobrou algum).

Os povos antigos costumavam também deixar oferendas –ou seja, presentes para os mortos. Elas nos ajudam a entender se o pessoal daquela época acreditava em algum tipo de vida após a morte, como fabricava suas roupas, se havia muita diferença entre ricos e pobres... a lista é enorme.

Caso ache complicado ficar matutando sobre isso, o livro também está cheio de histórias curiosas e divertidas: das fofas (um casal foi enterrado juntinho há 5.000 anos) às macabras (os primeiros habitantes do Brasil, há 9.000 anos, cortavam esqueletos e faziam esculturas com eles).

Divulgação

DESCOBRINDO A ARQUEOLOGIA - O QUE OS MORTOS PODEM NOS CONTAR SOBRE A VIDA
Autor Luis Pezo Lanfranco, Cecília Petronilho e Sabine Eggers
Editora Cortez
Preço R$ 43
Indicação a partir de 8 anos


Endereço da página: