Folha de S. Paulo


Em livro, menino perde a cabeça e acaba se esquecendo dela

A história desse livro não é das mais comuns. Não mesmo. O garoto Ovídio está em uma festa quando sofre um terrível acidente e perde a cabeça. Em vez de logo colocá-la de novo no corpo, deixa isso para depois e acaba se esquecendo dela.

Já ouviu de alguém o ditado "Você só não esquece a cabeça porque está grudada"? Pois é, a do Ovídio estava desgrudada, e ele a esqueceu...

Eis que temos então dois Ovídios: um deles é uma cabeça sem corpo, e o outro, um corpo sem cabeça.

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Ilustração do livro
Ilustração do livro "Meu Amigo Ovídio"

Esses dois novos seres terão destinos completamente diferentes, com personalidades opostas. Certamente a autora, Índigo, quis dizer várias coisas nas entrelinhas desse conto surreal. Você sabe o que é entrelinhas? É algo que não está escrito no

texto, mas que o autor quer passar ao leitor de forma indireta, como se fosse uma mensagem oculta entre as linhas.

Como sempre, os leitores são livres para entender o que quiserem das entrelinhas. Até podem não entender nada ou entender algo que nem tinha passado pela cabeça do escritor.

Pois fiquei pensando que a autora de "Ovídio" quis falar sobre como, dentro de cada pessoa, podem conviver formas diferentes de pensar e agir.

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Podemos ser medrosos e corajosos, bons e maus, felizes e tristes. E, na vida, vamos nos equilibrando entre esses opostos. Sem perder a cabeça.

"MEU AMIGO OVÍDIO"
AUTORA Índigo
EDITORA SM
PREÇO R$ 42
INDICAÇÃO a partir de 6 anos


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