Folha de S. Paulo


'Como Treinar o Seu Dragão' não cumpre o que promete, diz Bruno, 11

A "Folhinha" deste sábado vai trazer uma reportagem sobre o novo filme "Como Treinar o Seu Dragão 2", baseado na série de livros da escritora britânica Cressida Cowell.

Para isso, o caderno convidou o garoto Bruno Napoleão, 11, a escrever uma resenha sobre o primeiro livro da série.

"Achei que o livro ia me ensinar a treinar um dragão. Mas ele não fez isso", diz o garoto, que achou a obra ruim e chato.

Leia abaixo o texto.

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"COMO TREINAR O SEU DRAGÃO"

Já escrevi um texto sobre o fenômeno Percy Jackson, agora é a vez do herói que nasceu soluçando.... o Soluço.

Vamos começar com o básico: leia os nomes dos personagens, que são todos viquingues. Apesar de viquingues terem nomes ruins, eles não deveriam ter nomes tão ruins como "Soluço".

Agora partindo para a história: um garoto (o tal Soluço) quer um dragão e tem a estúpida ideia de ficar com o monstro para ele.

O garoto chama o bicho de Banguela (nem preciso falar sobre os nomes, né?), e as aventuras começam por aí e prosseguem por diversos livros –normalmente, bem repetitivos.

Sinceramente, eu não acho este livro interessante ou atraente para ler. Quando eu era pequeno, tinha um livro sobre como cuidar de um dragão chamado "Como cuidar de um dragão ", ou coisa do tipo. E eu o achava bem interessante, até porque o título era verdadeiro e realmente ensinava a cuidar de um desses bichos.

Eu tenho um terrível trauma com o "Como Treinar Seu Dragão". Um belo dia, meu avô me deu esse livro. Quando eu abri as páginas, já notei as gravuras mal feitas. Como qualquer pessoa de sete anos faria (eu tinha sete anos na época ), achei que o livro ia me ensinar a treinar um dragão.

Mas não havia treinamento lá! Logo li o resto dos livros e notei: nenhum traz treinamentos ou dicas para treinar um dragão. Parei de ler e fiquei traumatizado.

Sabe, o livro é ruim, chato e repetitivo. Até prefiro o tal Percy Jackson.


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