Folha de S. Paulo


Há mais de 20 anos como Sherazade, atriz estreia nova peça da personagem

A princesa Sherazade, do livro clássico de "As Mil e Uma Noites", conta histórias com teatro de bonecos e participação do público no espetáculo com apresentação única, no próximo sábado, em São Paulo.

A atriz que faz o papel da heroína é Raquel Barcha. Também autora e diretora da peça "Sherazade e Suas 1.001 Histórias", Raquel explica que narra no palco como se estivesse conversando com a plateia.

A história de "As Mil e Uma Noites" de que Raquel disse que mais gosta é a da própria princesa. Sherazade começa a contar histórias ao viver a aventura de se casar com o rei Sharyar, que mata as mulheres no dia seguinte ao do casamento com elas. A missão da heroína é, ao se casar com o rei, fazer com que ele interrompa essas tragédias.

TELEVISÃO

A atriz contava lendas e contos de vários lugares do mundo no "X Tudo", da TV Cultura, nos anos 1990, e no programa "Eliana e Alegria", da Rede Record, nos anos 2000.

Quando criança, ela ouvia histórias do avô, que nasceu no Líbano, todos os dias. "Ele lia 'As Mil e Uma Noites' para mim em árabe e traduzia para o português. Conheci a Sherazade quando criança. Árabes têm o costume de, enquanto dão comida para as crianças, contar histórias para entretê-las. Gostam de conversar sobre a vida, sobre o que é certo ou errado."

"SHERAZADE E SUAS MIL E UMA NOITES"
QUANDO 1º/2, às 15h
ONDE teatro Bradesco (Bourbon Shopping, r. Turiassu, 2.100, São Paulo)
QUANTO R$ 30 a R$ 60

Divulgação
A atriz Raquel Barcha com o figurino de Sherazade
A atriz Raquel Barcha com o figurino de Sherazade

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LEIA ENTREVISTA COM A ATRIZ

Folha - De onde vêm suas histórias?
Raquel Barcha - Da África, da Europa, de vários lugares... Meu trabalho é contar a história para a pessoa de hoje. Então, precisa ser de uma maneira que ela entenda rapidamente e chegue à essência.

Sentar, ouvir lendas... Isso faz sentido hoje?
Aqueles momentos em que a gente se reunia para ouvir histórias em volta do fogo vêm ressurgindo no mundo inteiro. No Brasil, está voltando agora.

Você gostava de histórias quando criança?
Eu gostava de conversar, de discutir as coisas. Contar história é isso. É falar das coisas da vida, do que a gente gosta e não gosta, do que motiva a gente.


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