Foi em Paris, no dia 22 de outubro de 1797, que o engenheiro André-Jacques Garnerin pulou de um balão em movimento a mais de 900 metros de altura para inaugurar a sua mais nova criação, o paraquedas.
Um pedaço de pano (na época de seda) mostrou-se capaz de reduzir a velocidade do salto e garantir uma aterrissagem segura.
Em homagem a este feito, hoje a chamada do site de buscas Google é um joguinho: o objetivo é utilizar as setas do teclado para fazer com que Garnerin chegue ao solo, desviando o seu paraquedas de alguns obstáculos.
No Brasil, o primeiro salto ocorreu em 1912. Confira no texto publicado na "Folhinha" em 1976 mais detalhes sobre a história do paraquedismo.
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O primeiro salto de paraquedas
O paraquedismo, como esporte, surgiu na União Soviética, onde em 1937 realizou-se um campeonato entre as suas repúblicas. Mas, voar como os pássaros sempre foi um grande sonho humano. Desde Icaro, na mitologia grega, os homens sempre tentaram, sob as mais diversas formas voar livremente pelo espaço; A descoberta e o desenvolvimento dos aviões é uma forma disso, mas o homem gosta de mais emoção, de sentir-se realmente nas alturas, sobrevoando o mundo, desafiando a natureza e vencendo.
O primeiro salto de paraquedas foi dado no dia 12 de março de 1912, com muitas peripécias. Os aviões da época eram extremamente frágeis e a segurança de um pulo com o paraquedas ainda estava longe de existir.
É claro, o desenvolvimento do paraquedas e do paraquedismo como esporte só pode ser posterior ao desenvolvimento dos aviões. Por isso, somente em 1937 o esporte pode surgir como uma forma, mais ou menos segura de desafiar a natureza e os próprios homens.
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| Ilustração da 'Folhinha' de 14 de março de 1976 |
Nesta mesma época, talvez um pouco antes, nos Estados Unidos surgia um grupo de acrobatas que fazia do paraquedismo, não um esporte, mas um meio de ganhar a vida. Era um imenso circo onde homens, com paraquedas primitivos, saltavam para divertir os espectadores.
O Brasil não ficou para trás. Em São Paulo, cinco anos depois, com a assistência do francês Charles Astor, um clube de de paraquedismo, ligado ao Aero-Clube de São Paulo, promovia saltos em campos brasileiros. Anteriormente, em 1939, quando chegou em São Paulo, Astor dedicava-se ao paraquedismo como acrobacia.
Antes de ser praticado como esporte o paraquedismo era utilizado como arma. Nas duas grandes guerras os paraquedas foram peças importantes já que podiam alcançar as colunas inimigas em qualquer local.
Além de esporte e de arma, o paraquedas representa também socorro. Inúmeros são os casos de homens que se lançaram ao mar confiando neste grande pedaço de pano seguro por cordas para salvar outras pessoas em diversos tipos de desastres.