Folha de S. Paulo


No filme 'Corda Bamba', garota equilibrista tenta lidar com saudade dos pais

A escritora Lygia Bojunga Nunes publicou seu primeiro livro, "Os Colegas", em 1972. Dez anos depois, ganhou o mais importante prêmio internacional da literatura infantojuvenil, o Hans Christian Andersen.

Seus livros sempre foram muito lidos por crianças e adultos. Apesar disso, nenhum deles tinha virado filme. Azar do cinema brasileiro e de todos nós.

Mas, enfim, chegou a hora. Estreia no dia 11 "Corda Bamba - História de uma Menina Equilibrista", baseado em seu livro de 1979 ("Corda Bamba", ed. Casa Lygia Bojunga Nunes, R$ 28). Será um presentão de Dia da Criança, inclusive para quem deixou de ser criança faz tempo. É um "filme para a família": todos podem ver e gostar.

Divulgação
Cena do filme
Cena do filme "Corda Bamba", baseado no livro de Lygia Bojunga

A personagem principal de "Corda Bamba" é Maria, uma menina de dez anos que vive no circo com seus padrinhos, a mulher barbada e o engolidor de fogo.

Quando o filme começa, Maria está se mudando para a casa da avó, que ela não conhece direito. Você então se pergunta: onde estão os pais da menina?

Aí é que está o problema. Durante o filme, Maria precisa criar coragem para lembrar o que aconteceu com eles, que trabalhavam como equilibristas no circo. As suas memórias se misturam às suas fantasias. Aos poucos, vamos entendendo o que se passa com ela. E torcemos para que tudo fique bem.

Afinal, ser um pouco equilibrista não é exclusividade de quem trabalha no circo. Todo mundo, de vez em quando, anda em alguma corda bamba.

UM GOLPE DE SORTE

Divulgação
Personagem Maria com a mulher barbada
Personagem Maria com a mulher barbada

A Maria de "Corda Bamba" é interpretada por Bia Goldenstein, que tinha dez para 11 anos quando fez a personagem. Hoje, ela está com 14.

Ela é filha do diretor do filme, Eduardo Goldenstein, e da produtora, Katya Goldenstein. Mas só foi escolhida para o papel por um golpe de sorte.

Pouco antes das filmagens, o elenco adulto fazia uma leitura do roteiro. Como não havia ninguém para cuidar dela em casa, Bia estava lá com os pais.

Para quebrar o galho, pediram que ela lesse os diálogos de Maria. "Quando acabou, os atores me disseram: a busca pela Maria terminou aqui", lembra Eduardo.


Endereço da página:

Links no texto: