Folha de S. Paulo


Manual do skatista do Pequeno Cidadão ensina gírias e manobras

Neste sábado (5) acontece a oficina SK8: Skate e Cidadania, em São Paulo, na Biblioteca Infantil Multilíngue Belas Artes. Quem comanda o evento é o skatista Vinicius Patrial.

Ele, que aprendeu a andar sobre quatro rodas quando tinha dez anos, é autor do livro "SK8: Manual do Pequeno Skatista Cidadão" (Companhia das Letrinhas, R$ 33).

A ideia do encontro é apresentar modalidades do esporte, e, principalmente, falar de cidadania; o livro servirá como guia. "Algumas regras que devem ser seguidas no skate, como a humildade, servem também para a vida", diz Patrial. Além disso, crianças e adultos poderão participar de uma competição de desenho.

Para alguns o skate é esporte, para outros, diversão. Para Vinicius Patrial foi amor à primeira vista.

Sabendo disso, Taciana Barros, integrante da banda Pequeno Cidadão, convidou Patrial para escrever uma música sobre skate, e a canção acabou se transformando em livro.

Divulgação
Ilusatracao folinha skate pequeno cidadao ( reproducao do livro SK8) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Todas as ilustrações do livro foram feitas por Jimmy Leroy

O manual mistura quadrinhos com histórias da origem do skate, além de ensinar sobre suas modalidades, seus equipamentos e as gírias usadas. Para escrever o livro, Patrial só precisou utilizar a bagagem que acumulou durante sua infância e adolescência, época em que andava de skate pelas ruas de Londrina, sua cidade natal.

"Comecei a andar ainda pequeno e cheguei até a participar de campeonatos", diz. Ele ainda vive nesse meio. "Por trabalhar com construção de pistas de skate, sempre participo de eventos e encontro amigos profissionais", completa Patrial.

Seus filhos, Damião, 7, e Tomé, 5, também adoram o esporte. Por que será? Nos finais de semana, os três saem recolhendo pedaços de madeira em construções abandonadas para fazer rampas. Os locais preferido da família para praticar o esporte são praças esquecidas pelas cidade.

No entanto, nos anos 1980 e até começo dos 1990, o skate não era muito difundido no Brasil. "Não existia aula de skate, era observando o outro que a gente aprendia. Caindo, levantando e caindo de novo. Se a pessoa gosta e não tem medo de se machucar, ela vai longe", conta Patrial.

Além de praticar o esporte, ele também gosta desse universo da arte e da música, que o skate envolve.

Há 17 anos ele tem a banda "Vermes do limbo", ao lado do baterista Guilherme Pacola e do guitarrista Fabio Fujita. E, por hobbie, faz colagens e desenhos.

PARA CONFERIR

SK8: Skate e Cidadania
QUANDO: sábado, 5 de outubro, das 14h às 16h
ONDE: Biblioteca Infantil Multilíngue do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo -r. Dr. Álvaro Alvim, 90, Vila Mariana; tel.: 0/xx/11/5576-5729
QUANTO: gratuito


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