Folha de S. Paulo


Já ouviu falar em Buda? Leia a história que narra a origem do budismo

A capa da edição de amanhã (14) da 'Folhinha' fala sobre crianças budistas. Elas contam como é praticar a religião e o que muda no dia a dia delas com a meditação.

O budismo é uma religião que busca a libertação do sofrimento através de práticas que tornam as pessoas mais calmas e concentradas.

Buda viveu na Índia, onde desenvolveu os seus ensinamentos. Mas sua filosofia se espalhou e hoje existem centro budistas espalhados por diversos países.

Em dezembro de 1998, a "Folhinha" trouxe um texto que explicava o que é o Budismo. Leia a íntegra abaixo.

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Buda, o ser iluminado

Há cerca de 2.600 anos, na região do Nepal, havia o reino Kapila, governado pelo rei Sudhodana e sua mulher, Maya, que não tinham filhos.

A rainha sonhou que um elefante branco entrou no seu corpo. O elefante era o deus Ganesh, e Maya engravidou. Viajando para ter o bebê em sua terra natal, passou nos jardins Lumbini. Uma luz a envolveu, choveu pétalas de flores, e o bebê nasceu.

O recém-nascido deu sete passos e disse: "No céu e na Terra, o ser humano é digno de respeito! Nasci para trazer felicidade à humanidade!". Maya chamou-o de Sidharta e morreu sete dias depois.

O pai fez com que o filho conhecesse só as maravilhas do palácio. Ele se casou com duas princesas e teve um filho. Ao completar 29 anos, fugiu e andou pela cidade.
Encontrou um doente, um velho e um morte e descobriu a dor. Sidharta abandonou o luxo e buscou o sentido da vida. Praticou ioga (sistema de filosofia e exercícios hindus), fez jejuns e passou a meditar. Sentou-se sob uma árvore e disse: "Não descruzarei as pernas enquanto não atingir a verdadeira iluminação." Depois de 49 dias, tornou-se o Buda, o Iluminado.
Buda morreu com 80 anos. Aos discípulos que choravam, disse: "Não se lastimem! Façam de vocês mesmo a luz. Vivam e transmitam o que ensinei!". Buda não é um deus, mas um ser iluminado.

China Photo/Reuters
ORG XMIT: 464101_1.tif Turista passa ao lado de estátua de Buda em uma das cavernas de Yungang Shiku, em Datong, China. A maioria das estátuas do local foram escavadas na época da dinastia Wei entre 460 e 494 D.C. O Budismo foi introduzido na China há 2 mil anos, unindo-se ao Confucionismo e ao Taoismo. (A tourist walks past a giant Buddha statue sitting in one of the more 20 caves of Yungang Shiku (Cloud Ridge), in Datong, China's Shanxi province, August 27, 2002. Most of the caves of the Yungang Shiku were carved during the Northern Wei dynasty, between AD 460 and 494. Buddhism has integrated with Chinese culture over the last 2,000 years, combining with Confucianism and Taoism in the process. Picture taken August 27. REUTERS/China Photo
Turista observa estátua de Buda em uma caverna, na China. A maioria das estátuas foram escavadas na época da dinastia Wei entre 460 e 494 D.C.

Comemorações
De 6 a 11 de abril, uma festa na Liberdade comemorou o nascimento de Buda. As pessoas deram banho na imagem de Buda com chá de uma erva doce, tomaram desse chá e ganharam flores. Uma procissão percorreu o bairro, com crianças vestidas de seres celestiais, seguidas por uma estátua de um elefante branco coberto de flores.

Os budistas fazem retiro espiritual de 1º a 8 de dezembro, meditando na posição de Buda. Na manhã do oitavo dia, lembram que Buda recebeu a iluminação, ou seja, descobriu que todas as pessoas estavam interligadas. Os monges se levantam e compartilham com as pessoas arroz e feijão, servidos nas mãos.

A morte de Buda é lembrada em 15 de fevereiro. Os budistas leem o ultimo sermão de Buda e fazem um altar com sua imagem, flores, velas, incenso e bolinhos de arroz com água.


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