Folha de S. Paulo


'Crianças farão reportagens em Júpiter', diz criadora da 'Folhinha'

Na infância, nas décadas de 1920 e 1930, Helena Miranda de Figueiredo adorava ler a revista infantojuvenil "O Tico Tico".

E resolveu: "Quando eu crescer, vou fazer um jornal para crianças". Levou a ideia na cabeça até 1963, quando, jornalista da Folha, convenceu a direção a lançar a "Folhinha".

Virou a Tia Lenita. Além do trabalho de edição, criava histórias, ensinava bons modos e dava dica de moda para as crianças. Suas invencionices eram ilustradas por Mauricio de Sousa.
Conseguiu que o jornal comprasse uma Kombi, que levava crianças para as reportagens. "Uma vez, uma menina estava linda, com um vestido rosa, e foi 'entrevistar' um hipopótamo. O bicho deu um tremendo espirro em cima dela. A pobrezinha saiu correndo, o vestido ficou preso em um prego, rasgou, e ela ficou só de calcinha. Foram muitas histórias!"

Para a Tia Lenita, daqui a 50 anos, a criançada vai longe: "Vamos estar com elas fazendo reportagens em Júpiter".

Fabio Braga/Folhapress
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Tia Lenita criou a "Folhinha", em 1963, e foi sua primeira editora

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