Folha de S. Paulo


'Folhinha' noticiou descobertas da ciência que vão da clonagem ao DNA

Clonagem de ovelhas, passeio na Lua, moradia no espaço, usinas nucleares, DNA...

Nos últimos 50 anos, a "Folhinha" cobriu o que de mais interessante aconteceu no mundo da ciência. Foi possível observar os cantos mais distantes do Universo e aprender detalhes das características genéticas do homem e dos bichos.

Veja alguns destaques nesta página e outros em folha.com/folhinha. Ao observar o que aconteceu nesta metade de século, será que conseguimos imaginar o que virá nos próximos 50 anos?

Colaborou FÁBIO FREITAS, professor do Instituto de Física da UFBA

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CLONE VEDETE

"Folhinha" de 7 de março de 1997 falou sobre Dolly, primeiro mamífero a sobreviver feito a partir da célula de um animal adulto, uma cópia bebê da ovelha mais velha.

Desde então, diversos animais foram clonados e empresas estão até clonando bichos de estimação.

Jeff J Mitchell/Reuters
A ovelha Dolly foi o primeiro animal clonado.
A ovelha Dolly foi o primeiro animal clonado.

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LETRAS HISTÓRICAS

Em 1º de julho de 2000, a "Folhinha" informava sobre o anúncio que cientistas fizeram do sequenciamento dos genes humanos, que compõem o DNA. Após anos de pesquisa, finalmente se conseguiu conhecer a sequência dos genes (espécie de códigos do corpo) que permite "construir" o ser humano.

Era a promessa de cura para várias doenças. Os cientistas já sabem muito mais sobre como os genes funcionam, apesar de isso ainda não ter tido muito uso direto na medicina.

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FOTÓGRAFO TALENTOSO

A "Folhinha" de 12 de maio de 1990 contou aos leitores sobre o telescópio Hubble, que foi lançado ao espaço pela Nasa, a agência espacial norte-americana, naquele ano.

O Hubble fotografa o Universo. Com a ajuda dele, os cientistas encontraram estrelas, supernovas, galáxias e outros corpos celestes superdistantes.

Nasa/AFP
O Telescópio Hubble é capaz de fotografar estrelas, nebulosas e galáxias distantes.
O Telescópio Hubble é capaz de fotografar estrelas, nebulosas e galáxias distantes.

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ACIDENTE HISTÓRICO

Em 5 de maio de 1986, a "Folhinha" tratou de um assunto muito sério. Naquele ano, uma das usinas nucleares da cidade de Chernobil, na Ucrânia (na época União Soviética), sofreu problemas de resfriamento e seu reator nuclear explodiu.

Com a explosão, vazou material radioativo e mais de 200 mil pessoas tiveram de sair de suas casas. No total, morreram mais de 60 pessoas, mas esse número ainda pode aumentar nos próximos anos devido a casos de câncer por causa da radiação.

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REUNIÃO URGENTE

Em 1992, o Brasil foi palco da reunião mundial mais importante para discutir os problemas ambientais do planeta.

Na Eco-92, como o evento ficou conhecido, cientistas, ambientalistas e políticos de 192 países se reuniram para resolver diversos problemas, como o efeito estufa, o excesso de poluição e a extinção de animais.

Apesar de o encontro não ter resolvido nenhum desses problemas, foi um passo importante para que o mundo começasse a encarar com mais seriedade os problemas ambientais. A edição da "Folhinha" de 4 de janeiro de 1992 trouxe uma reportagem sobre a reunião.

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VELHO AMIGO

Já pensou em ver um cometa atravessar o céu, sem nem precisar de telescópio?

É possível ver o Cometa Halley a olho nu --mas ele só vem nos visitar a cada 75 anos. Desde 1705 conseguimos prever de quanto em quanto tempo o Halley aparece no céu. A última aparição dele foi em 1986, quando o Brasil inteirinho parou para observá-lo e a "Folhinha" publicou uma matéria sobre sua visita.

Se você ainda não tinha nascido em 1986, vai precisar ter um pouquinho de paciência, pois sua próxima chance será somente em 2061.

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BRASIL NO ESPAÇO

Nos últimos 50 anos, o sonho de morar no espaço começou a se tornar real. Em 1986, surgiu a primeira estação espacial, a soviética Mir.

Em 1998, a Estação Espacial Internacional a substituiu. Mais de 200 astronautas pisaram lá, e Marcos Pontes foi o único brasileiro, como a "Folhinha" contou em 2006.

Divulgação
Em 2006, Marcos Pontes tornou-se o único astronauta a visitar a Estação Espacial Internacional
Em 2006, Marcos Pontes tornou-se o único astronauta a visitar a Estação Espacial Internacional

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MISTÉRIO DA CIÊNCIA

Depois do trágico acidente de Chernobil, todo mundo ficou com medo de se meter com energia nuclear. Mas, conforme a "Folhinha" informou em maio de 1989, uma nova fonte de energia nuclear, que ficou conhecida como "fusão a frio", foi descoberta.

Essa nova energia seria limpa, barata e segura. Dois cientistas, Stanley Pons e Martin Fleischmann, anunciaram que tinham conseguido, com uma reação química bem simples, fundir dois núcleos atômicos e, com isso, produzir energia para aquecer líquidos.

Porém, ainda em 89, cientistas de diversos países tentaram repetir o experimento sem sucesso. Ainda hoje não se tem certeza do que aconteceu de verdade com essa experiência.


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