Os sapatos já apareciam em pinturas feitas por uma das civilizações mais antigas do mundo: os egípcios. Mas eles nem sempre foram como conhecemos atualmente, e a forma de fabricá-los também mudou muito.
Antes o sapateiro utilizava apenas um molde e algumas ferramentas para produzir sapatos masculinos e femininos. Hoje existem máquinas modernas que produzem milhares de sapatos.
Os romanos utilizavam calçados enfeitados de ouro e prata, enquanto na Grécia ricos e pobres usavam botas de pele de boi. Na França surgiram os sapatos de bico fino e as botas de cano alto. Ali os chinelos usados pelas moças tinham o nome de "chinelas de bocejo" e os sapatos dos homens de "poleiros".
Ficou curioso e quer saber mais sobre essas histórias? Leia na íntegra uma matéria da "Folhinha" sobre o tema publicada em 1975.
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A origem do calçado
Nos monumentos do antigo império egípcio verificou-se que homens e mulheres não aparecem com o pé nu, o calçado mais antigo de que se tem notícia -sandália egípcia feita com folhas de palmeira ou papiro.
Na Antiguidade, salvo os etruscos e romanos, as pessoas raras vezes aparecem calçadas, ao contrário do que se vê na iconografia da Idade Média e Moderna onde as figuras, só por exceção aparecem descalças.
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| Ilustração de Mauricio de Sousa, publicada na "Folhinha" em 1975 |
Os nobres romanos calçavam sandálias ricamente adornadas de ouro e prata. Ao tempo dos Césares as sandálias eram preferidas não só pelos nobres guerreiros como também pela gente pobre de Roma.
Na Grécia, o calçado primitivo era uma bota de pele de boi atada por cima do tornozelo com correias entrelaçadas.
Os macedônios, mais vaidosos, preocupavam-se com o calçado elegante e exibiam as botas feitas com troféus de guerra.
O primeiro calçado que se usou para cobrir o pé foi, sem dúvida, um pedaço de couro para curtir, atado com tiras do mesmo material.
Sabe-se que no século XI surgiram na França os sapatos de bico, com calcetas reviradas, de couro ou de veludo.
Os canos de botas que chegaram aos nossos dias datam do século XVIII quando, em Paris, houve grandes alterações no vestuário masculino.
Em 1688 apareceram os saltos dos sapatos femininos, de marroquim e veludo, ornados de pedras semipreciosas.
Mais tarde, na França, Maria Antonieta, cuja corte se caracterizou pelo luxo, criou o modelo de salto que veio até nossos dias. O homem do povo calçava naqueles anos sapato raso com meia branca. As mulheres usavam sapato de bezerro. A esse tempo, na luxuosa corte de Luis XIV, na França, os sapatos femininos, de bico e bordados tinham saltos altos, chamados "poleiros". Eram de couro de boi.
As chinelas das damas tinham o nome de chinelas de "bocejo". Diz-se que o modelo básico de calçado que chegou até nossos dias data do século XIX.