Folha de S. Paulo


Com tradução de Tatiana Belinky, conto russo de Tchekov fala de cadelinha perdida

Só de imaginar a sensação de ficar sozinho no mundo dá um frio na barriga, não dá?

No conto "Cachtánca", o famoso escritor russo Anton Pavlovitch Tchekhov (1860-1904) descreve como uma cadelinha se sente após se perder do seu dono, um marceneiro, no fim de uma tarde fria.

Cachtánca é o nome da personagem, uma mistura de bassê com vira-lata, que tem o focinho parecido com o de uma raposa. Solitária e faminta, ela se encolhe sobre a neve fofa até ser acolhida por um adestrador de circo.

Na nova casa, convive com outros bichos: um gato preguiçoso, um ganso tagarela e uma porca feiosa chamada Khavrônia Ivánovna (os três têm nomes russos compridos!). Cachtánca também ganha uma cama, novos hábitos e aprende truques circenses.

O leitor acompanha as descobertas da cadelinha e sua confusão de sentimentos ao se lembrar do antigo lar. Ela se torna tão próxima e real, que dá vontade de pular nas ilustrações para pegá-la no colo...

O conto, velho conhecido das crianças russas, foi publicado pela primeira vez em 1887. Outra coisa legal: a tradução para o português é da escritora Tatiana Belinky, que diz, no final do livro, ter se emocionado com essa história em seus tempos de menina.

Divulgação
Ilustração do livro
Ilustração do livro "Cachtánca"

"CACHTÁNCA"
AUTOR Anton Tchekhov (tradução Tatiana Belinky)
EDITORA Globinho
PREÇO R$ 39,90
INDICAÇÃO A partir de 7 anos


Endereço da página:

Links no texto: