Folha de S. Paulo


Pica-pau chefia rebelião para libertar passarinhos em novo livro

Manduca e o filho Pinduca tinham um viveiro de pássaros pegos em arapucas que o pai armava.

"Tem patativa, tem sabiá, tem tico-tico, tem tangará, tem pintassilgo, tem curió, tem pintarroxo, tem chororó." Até que um dia o filho tem o azar de pegar um pica-pau-de-penacho.

Valente, teimoso e malandro (tal e qual o famoso primo dos desenhos animados), o bicho arma o maior salseiro quando chega ao viveiro e ainda chefia uma rebelião pela libertação de toda a passarada.

Essa é a história de "Viveiro de Pássaros", de Braguinha. Seu nome de verdade era Carlos Alberto Ferreira Braga. Mas também usava o "nome de mentira" (que as pessoas chamam de pseudônimo) de João de Barro, não por acaso o nome de um pássaro. Pois é, muitos nomes e muitos talentos.

Braguinha jogou nas onze e, em todas, foi genial. Além de escrever histórias deliciosas como essa, compôs lindas canções, especialmente marchas de Carnaval, fez letras para outros craques, como Pixinguinha e Noel Rosa ("Carinhoso" e "As Pastorinhas", por exemplo), foi roteirista de filmes, trabalhou na dublagem de "Branca de Neve e os Sete Anões" --primeiro desenho animado de longa-metragem da história-- e de outros.

Encantado com histórias infantis, adaptou clássicos para discos, como "Dona Baratinha" e "Os Três Porquinhos", na coleção "Disquinho", que embalou várias gerações, desde o meu pai até o meu filho.

"Viveiro de Pássaros" é uma das muitas histórias saídas da cabeça do menino criativo, buliçoso e traquinas que foi Braguinha.

ZECA BALEIRO, 47, é cantor, compositor e fã do Braguinha.

Divulgação
Ilustração do livro
Ilustração do livro "Viveiro de Pássaros"

"VIVEIRO DE PÁSSAROS"
AUTOR Braguinha
EDITORA Rocco
PREÇO R$ 29
INDICAÇÃO A partir de 6 anos


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