Folha de S. Paulo


Heloisa Prieto escreve histórias de terror para crianças; converse com a autora

Heloisa Prieto adora escrever histórias de suspense e terror para crianças. Entre seus livros estão "O Livro dos Medos", "1001 Fantasmas" e outras histórias de arrepiar.

Para falar sobre como é escrever livros de terror para crianças e discutir a evolução da literatura infantil nos últimos 50 anos, a Folha convidou a escritora para a próxima "Roda da Folhinha".

O evento faz parte das comemorações do aniversário de meio século da "Folhinha" e acontecerá no próximo sábado (4), às 16h, no auditório do MAM (Museu de Arte Moderna), dentro do parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº), em São Paulo.

Divulgação
A escritora Heloisa Prieto
A escritora Heloisa Prieto

As inscrições para o evento podem ser feitas pelo e-mail eventofolha@grupofolha.com.br e pelo tel. 0/xx/11/3224-3473, das 14h às 19h.

Heloisa Prieto começou sua carreira nas páginas da "Folhinha", onde publicou seu primeiro conto, "Uma Armadilha Para Conde Drácula". Depois disso, ela continuou escrevendo para o caderno.

Leia abaixo uma matéria sobre bruxaria que a autora escreveu para a edição de 26 de outubro de 1991.

ANOTE NA AGENDA

"RODA DA FOLHINHA"
QUANDO dia 4/5, às 16h
ONDE auditório do MAM (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, parque Ibirapuera)
INSCRIÇÕES eventofolha@grupofolha.com.br; pelo telefone 0/xx/11/3224-3473, a partir de segunda, das 14h às 19h

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Bruxas que ficaram na história

Existem muitas bruxas conhecidas das crianças. A bruxa da história de Branca de Neve, por exemplo, que pode se transformar em uma velha e falar com um espelho.

Ou Maga Patalógica e Madame Min, feiticeiras das histórias criadas pelo norte-americano Walt Disney. Elas transformam suas vítimas em animais, voam em vassouras e obrigam pessoas a obedecê-las com um simples olhar.

Elas existiram

Antigamente, na Europa, todo mundo acreditava em bruxas de verdade. No século 17, na Inglaterra, quando uma vaca não dava leite, quando um bolo ficava duro demais ou, ainda, se a manteiga se estragava, achavam que havia uma bruxa por perto.

Muita gente saía à procura de bruxas para castigá-las, porque elas atrapalhavam essas coisas do dia a dia das pessoas.

Os caçadores de bruxas achavam que as bruxas tinham pintas no corpo, criavam cães, gatos e borboletas, não conseguiam chorar e detestavam o sol. Várias jovens foram presas e até mortas, acusadas de bruxaria, só porque gostavam de gatos, por exemplo.

Caçador afogava as mulheres

Matthew Hopkins passou a vida caçando bruxas. Nasceu em 1675 e prendeu centenas de mulheres.

Quando cismava que alguma era bruxa, fazia um teste.

Amarrava as mãos da suspeita e jogava a mulher dentro de um lago. Se ela flutuasse, era bruxa. Se afundasse, era inocente. Como todas as mulheres sempre afundavam, era impossível que provasse sua inocência.

Bruxaria e poesia

As bruxas de desenhos animados ou histórias em quadrinhos conhecem encantamentos, expressões que produzem efeitos mágicos.

Um exemplo é "Abracadabra, Olho de Cabra". Para transformar inimigos, animais, ou fazer objetos voarem, elas dizem essas palavras mágicas.

Essas palavras são sempre rimadas. Toda bruxa é um pouco como os poetas. Precisa conhecer os segredos das palavras para que seus encantamentos funcionem.


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